A PF encontrou o material desviado na casa de um dos suspeitos detidosPolícia Federal/Divulgação
Publicado 05/07/2023 13:12
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A Polícia Federal no estado do Amapá deflagrou nesta quarta-feira, 5, a Operação Hipertrofia, cumprindo três mandados de busca e apreensão em Macapá, capital do estado. A operação faz parte das investigações sobre desvio de medicamentos destinados a unidades públicas de saúde que deveriam e foram desviados para clínicas e farmácias privadas.
A ação teve como alvo três indivíduos, incluindo prestadores de serviços e funcionários contratados, suspeitos de desviar medicamentos do Departamento de Assistência Farmacêutica de Macapá (Dafa). Durante as buscas na residência de um dos investigados, a PF encontrou centenas de medicamentos, testes para Covid-19 e insumos farmacêuticos. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos eram contratados por uma empresa terceirizada responsável pela separação e distribuição dos medicamentos no estado.

A investigação teve início após uma denúncia recebida pela PF, informando que a entrada de um novo funcionário, que atuava como motorista, coincidiu com o início dos desvios de medicamentos, possivelmente durante o processo de separação dos materiais destinados as unidades básicas de saúde.

Há indícios de que esses medicamentos eram armazenados em seu veículo particular e em uma casa alugada, com a finalidade de ocultar o material desvaído.

Os itens desviados incluíam medicamentos, máscaras, luvas e testes rápidos de Covid, que eram repassados a terceiros compradores que revendiam para farmácias e clínicas privadas. Tudo indica que a prática ocorreu entre os anos de 2020 e 2021, durante o auge da pandemia.
Um dos investigados possui vínculo com uma mulher que já foi alvo da Operação Anestesia, também relacionada ao desvio de medicamentos. O esquema contava ainda com a colaboração de dois funcionários que trabalhavam no depósito.

Caso os desvios sejam comprovados, os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato e associação criminosa. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 15 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
 
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