Parlamentares bolsonaristas dizem que André Valadão é vítima de perseguição religiosaReprodução
Publicado 05/07/2023 17:16
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O Ministério Público Federal (MPF) iniciou um procedimento para apurar possíveis crimes cometidos pelo pastor André Valadão durante a transmissão de um culto de sua igreja pelo YouTube. A fala de Valadão, na qual sugere que Deus "matava tudo e começava tudo de novo" em referência às pessoas LGBTQIA+, gerou repercussão e indignação.

Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com outros parlamentares bolsonaristas, tentou vincular a investigação a uma suposta perseguição religiosa.
Em suas redes sociais, Flávio compartilhou um texto de Valadão no qual o pastor se defende e alega que a fala não tinha intenção de incitar violência, mas de "resetar" e voltar à essência.
Apesar das tentativas de desviar o foco, Valadão recebeu denúncias de diversos parlamentares em diferentes instâncias. O senador Fabiano Contarato (PT-ES), a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) protocolaram denúncias junto ao MPF e ao Ministério Público de Minas Gerais, solicitando a investigação das declarações por conteúdo homofóbico e transfóbico.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, também se pronunciou nas redes sociais, afirmando que Valadão será responsabilizado por suas palavras.

Outros políticos, como a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) e o parlamentar Marco Feliciano (PL-SP), mencionaram a ameaça à liberdade religiosa ao se referirem ao caso. Durante a campanha eleitoral de 2022, Valadão demonstrou apoio a Jair Bolsonaro, que participou de eventos organizados pelo pastor nos Estados Unidos.
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