Diretor de arte faleceu aos 86 anosReprodução: redes sociais
Publicado 06/07/2023 11:16 | Atualizado 06/07/2023 11:29
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Personalidades do cenário político lamentaram a morte do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso, nas redes sociais. O diretor de arte faleceu na manhã desta quinta-feira, 6, aos 86 anos, após ter 53% do corpo queimado em um incêndio que atingiu o seu apartamento na última terça-feira, 4. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a morte do profissional e afirmou que ele "sempre defendeu a democracia e a criatividade, muitas vezes enfrentando a censura".
Na publicação, Lula escreveu: "O Brasil se despede hoje de um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, um dos seus mais criativos artistas. José Celso Martinez Corrêa, ou Zé Celso, como sempre foi chamado carinhosamente, foi por toda a sua vida um artista que buscou a inovação e a renovação do teatro".
"Corajoso, sempre defendeu a democracia e a criatividade, muitas vezes enfrentando a censura. Transformou o Teatro Oficina em São Paulo em um espaço vivo de formação de novos artistas. Deixa um imenso legado na dramaturgia brasileira e na cultura nacional. Meus sentimentos aos seus familiares, alunos e admiradores. A trajetória de José Celso Martinez marcou a história das artes no Brasil e não será esquecida", concluiu.
Vice-presidente Geraldo Alckmin ressaltou que o diretor de arte tornou o Teatro Oficina um patrimônio da cultura brasileira e um celeiro de talentos. "José Celso Martinez escreveu uma rica história pessoal e para o Brasil. Irreverente, provocativo e dono de uma enorme capacidade inventiva, Zé Celso tornou o Teatro Oficina um patrimônio da cultura brasileira e um celeiro de talentos para nossos palcos", disse.
"Que seu legado continue a inspirar as próximas gerações de homens e mulheres que se dedicam às artes cênicas em nosso país", acrescentou.
O ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, João Doria, lamentou a morte do artista: "Irreverente, polêmico e talentoso, deixa grande contribuição à cultura brasileira. Descanse em paz".
 
O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira ressaltou a importância do dramaturgo para o meio e os seus feitos. "Nosso teatro deve muito a esse seu devotado criador por sua ousadia revolucionária. Construiu e desconstruiu a linguagem do teatro brasileiro e investiu na radicalidade, na anarquia e no caos como processo criativo. Herdeiro dos modernistas de 22, tropicalista, fundador e diretor do Oficina, diretor da icônica peça Rei da Vela, de Oswald de Andrade. Zé Celso era o tempo inteiro fora da curva", disse em nota.
Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná e presidente do PT, falou sobre o seu "espírito rebelde e inconformista". "Zé Celso foi e continuará sendo, por seu legado, uma das maiores expressões da cultura brasileira. Um espírito rebelde, inconformista e sempre criativo. Nossa solidariedade aos familiares e admiradores", disse.
Senador e líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP) afirmou que o artista "foi um defensor incansável da cultura e da democracia". "Com muita tristeza, hoje nos despedimos do grande Zé Celso. Além de talentoso artista, foi um defensor incansável da cultura e da democracia. Que seu legado revolucionário no Teatro Oficina siga inspirando as novas gerações. Viva Zé Celso!", publicou.
O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) escreveu: "Vá em paz, meu amigo! A rebeldia e transgressão que mudaram a história do teatro brasileiro. Viva a arte eterna de Zé Celso! Viva, Zé!".
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, afirmou que o diretor de arte deixa a "sua marca nas gerações por meio de suas peças revolucionárias". "Hoje o Brasil lamenta profundamente a perda de um dos seus mais brilhantes talentos. Zé Celso, cujo legado está eternizado no Teatro Oficina, foi um verdadeiro tesouro cultural de São Paulo, deixando sua marca nas gerações por meio de suas peças revolucionárias", escreveu.
A deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS) disse que Zé Celso "enfrentou a ditadura civil-militar com deboche". "Quem viu Zé Celso nos palcos teve o privilégio de testemunhar sua genialidade, potência e amor pelo teatro. Com sua característica irreverência, enfrentou a ditadura civil-militar com deboche, arte, alegria e sempre lutou pela chegada da primavera. (...) Meus sentimentos a família e a todos os teatreiros do Brasil que ficam um pouco órfãos desse grande mestre", escreveu.
"Quero externar toda a minha solidariedade aos familiares, amigos e a legião de fãs e admiradores de seu trabalho, que assim como eu, se enlutam com sua despedida", escreveu o ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, Paulo Pimenta.
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