Publicado 07/07/2023 13:49 | Atualizado 07/07/2023 15:40
Rio - O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (7) a substituição gradual da vacina oral contra a poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) e injetável do imunizante a partir de 2024. A atualização não representa o fim imediato da popular "gotinha" e sim um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal que será feito após um período de transição.
Para recuperar altas coberturas, será adotada estratégia regional, com repasse inédito de R$ 151 milhões. No Rio de Janeiro, segundo o calendário do MS, o período da multivacinação será realizado entre os dias 26 de agosto a 9 de setembro. A princípio, o Dia D da imunização será no dia 2 de setembro. A portaria com a destinação dos recursos será publicada nas próximas semanas.
"A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do governo federal. Esse é um movimento, não uma campanha isolada, justamente pela ideia de continuidade e pelo constante monitoramento de resultados. Esse trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde, por isso estamos indo aonde estão os movimentos da sociedade", disse a ministra Nísia Trindade, nesta sexta-feira (7), durante live com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A recomendação do reforço com vacina injetável foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) que considerou as novas evidências científicas para proteção contra a doença. Hoje, a VIP (forma injetável), já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Mas agora a indicação da CTAI foi para que o Brasil passe a adotar outros critérios.
Portanto, após um período de transição que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com a VIP (injetável) aos 15 meses.
A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema.
A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema.
O Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, também vai continuar na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis em todo Brasil, participando das ações de imunização e campanhas do Governo Federal.
Com base na estratégia do Ministério da Saúde, a multivacinação foi antecipada em estados de fronteira, como Acre e Amazonas. O próximo estado a receber essa ação será o Amapá, a partir do dia 15 de julho, com um Dia D da Vacinação.
Brasil sem pólio
Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para esta vacina. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, que já foi referência internacional, é fundamental.
Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para esta vacina. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, que já foi referência internacional, é fundamental.
A nova recomendação foi apresentada, nesta sexta-feira (7), durante live [transmissão ao vivo pela internet] da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
“A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do governo federal. Esse é um movimento, não uma campanha isolada, justamente pela ideia de continuidade e pelo constante monitoramento de resultados. Esse trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde, por isso estamos indo aonde estão os movimentos da sociedade”, explicou a ministra.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.