Publicado 10/07/2023 18:22
A briga interna no PL expõe o desejo dos bolsonaristas de terem total controle do partido. Porém, Valdemar Costa Neto e diretores estaduais da sigla tentam a todo custo evitar a ‘bolsonarização’ da agremiação.
Na semana passada, os parlamentares que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se colocaram contra a reforma tributária e ficaram revoltados com os 20 deputados que votaram a favor do projeto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Os dois grupos trocaram acusações por um aplicativo e ocorreu até ameaça de debandada do partido por parte daqueles que decidiram aprovar a reforma.
Valdemar, presidente do PL, escutou reclamações de ambos os lados. Os que não são bolsonaristas disseram que a legenda perdeu sua “identidade”, deixando de ser centro para agradar a extrema-direita. Já a ala bolsonrista evidenciou o desejo de ter total controle da agremiação.
A ideia dos aliados de Bolsonaro é transformar o Partido Liberal em um espaço de conservadores que defendem as pautas bolsonaristas, ou seja, o sonho deles é que a sigla seja ideológica. O ex-presidente e seus apoiadores tratam como inadmissível ter parlamentares que não defendem os interesses da extrema-direita.
Os dois grupos trocaram acusações por um aplicativo e ocorreu até ameaça de debandada do partido por parte daqueles que decidiram aprovar a reforma.
Valdemar, presidente do PL, escutou reclamações de ambos os lados. Os que não são bolsonaristas disseram que a legenda perdeu sua “identidade”, deixando de ser centro para agradar a extrema-direita. Já a ala bolsonrista evidenciou o desejo de ter total controle da agremiação.
A ideia dos aliados de Bolsonaro é transformar o Partido Liberal em um espaço de conservadores que defendem as pautas bolsonaristas, ou seja, o sonho deles é que a sigla seja ideológica. O ex-presidente e seus apoiadores tratam como inadmissível ter parlamentares que não defendem os interesses da extrema-direita.
A saída dos 20 deputados que votaram a favor da reforma tributária é vista como uma ação de “limpeza” e que reforçará para a sociedade a imagem que o PL hoje é do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Valdemar quer manter o PL como partido de centro
Valdemar quer manter o PL como partido de centro
O presidente do PL quer usar Bolsonaro como cabo eleitoral nas eleições de 2024 para ter o maior número de prefeituras. Porém, Valdemar contou a aliados que não deixará o partido se tornar 100% bolsonarista.
Ele teme perder o controle da legenda e, consequentemente, seja fritado no futuro. Além disso, se o Partido Liberal se tornar ideológico, automaticamente a agremiação perderá filiados e até mesmo prefeitos e vereadores.
Valdemar só aceitará embarcar 100% no bolsonarismo se perceber que tem mais a ganhar com o grupo do que a perder. E o termômetro para ele tomar essa decisão ocorrerá no ano que vem, nas eleições municipais. Até lá, o cacique político tentará bloquear o poder dos bolsonaristas.
Ele teme perder o controle da legenda e, consequentemente, seja fritado no futuro. Além disso, se o Partido Liberal se tornar ideológico, automaticamente a agremiação perderá filiados e até mesmo prefeitos e vereadores.
Valdemar só aceitará embarcar 100% no bolsonarismo se perceber que tem mais a ganhar com o grupo do que a perder. E o termômetro para ele tomar essa decisão ocorrerá no ano que vem, nas eleições municipais. Até lá, o cacique político tentará bloquear o poder dos bolsonaristas.
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