Marcos do Val Reprodução
Publicado 14/07/2023 17:38 | Atualizado 14/07/2023 17:42
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Brasília - A Polícia Federal (PF) marcou o depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) para que ele se explique a respeito de um suposto plano golpista que ele teria tramado junto ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e ao ex-deputado Daniel Silveira. O testemunho está previsto para a próxima quarta-feira (19).
O suposto plano consistia em induzir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a emitir alguma fala comprometedora enquanto estaria sendo gravado sem saber disso. O objetivo do plano elaborado antes do desfecho da eleição, era usar a tal gravação - que nunca foi feita - para impedir a posse do presidente Lula.
A investigação foi aberta em fevereiro pelo próprio Alexandre de Moraes, quando o senador afirmou ter sido coagido por Bolsonaro e Silveira a participar de um golpe. Diante disso, o ministro do STF justificou a abertura da investigação alegando que Do Val apresentou versões diferentes sobre os fatos relativos à suposta conspiração golpista em entrevistas e em um depoimento prestado anteriormente à Polícia Federal. 
Em junho deste ano, o ministro determinou a realização de uma operação de busca e apreensão em endereços ligados a “Mamãe Falei” e no Senado Federal, resultando na apreensão de pendrives, computadores e um celular. 
Bolsonaro negou tudo
Na última quarta-feira (12), Bolsonaro prestou depoimento à PF negando ter discutido um plano golpista com o senador Marcos do Val, mas confirmou a realização de uma reunião com Daniel Silveira e com o senador quando ainda estava na presidência.
“Nada aconteceu no dia 8 de dezembro. Até porque não tinha nenhum vínculo com o senhor Marcos Do Val, talvez fotografia, o que é comum entre nós. Nada foi tratado, não tinha nenhum plano, naquela reunião de aproximadamente 20 minutos, para alguém gravar o ministro Alexandre de Moraes. Por que eu ia articular alguma coisa com o senador? O que tratou a reunião? Nada. Minha transição (com Lula) foi pacífica. Ninguém do PT questionou que não foi bem recebido e teve acesso. Tudo foi passado. Ele (Do Val) que responda pelos atos dele”, disse o ex-presidente.
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