Publicado 23/07/2023 08:41 | Atualizado 23/07/2023 08:44
Com conferência, workshop de dança tradicional haitiana, feira de empreendedorismo preto e muitos shows, o Festival Latinidades prossegue neste sábado (22), no Centro Cultural São Paulo (CCSP), promovendo uma vasta programação para impulsionar as trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
Neste sábado (22), a programação teve início às 14h30 com uma conferência para discutir o direito coletivo na lei do patrimônio cultural dos povos e comunidades indígenas e afro-americanas. A conferência contou com a participação da artista e senadora mexicana Susana Harp, que apresentou seu livro Afro-México. “O livro é o resultado de um trabalho legislativo. Sou uma cantora mexicana e investigadora, mas agora, há cinco anos, sou senadora do México e um dos temas importantes tem sido o reconhecimento constitucional dos povos e comunidades afro-mexicanos que não estavam reconhecidos”, defendeu, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo a senadora, o racismo no México “é brutal e hipócrita”, condenando muitas pessoas à invisibilidade, e só será vencido com “o despertar da consciência humana”. “É um processo que começa dentro das pessoas”.
Neste sábado (22), a programação teve início às 14h30 com uma conferência para discutir o direito coletivo na lei do patrimônio cultural dos povos e comunidades indígenas e afro-americanas. A conferência contou com a participação da artista e senadora mexicana Susana Harp, que apresentou seu livro Afro-México. “O livro é o resultado de um trabalho legislativo. Sou uma cantora mexicana e investigadora, mas agora, há cinco anos, sou senadora do México e um dos temas importantes tem sido o reconhecimento constitucional dos povos e comunidades afro-mexicanos que não estavam reconhecidos”, defendeu, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo a senadora, o racismo no México “é brutal e hipócrita”, condenando muitas pessoas à invisibilidade, e só será vencido com “o despertar da consciência humana”. “É um processo que começa dentro das pessoas”.
Festival
O Festival Latinidades, considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, é um espaço de articulação política e cultural em torno do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Com uma programação multilinguagem, que envolve oficinas, palestras, debates, rodas de negócios e música, esta edição do evento explora como tema o Bem-Viver, conceito que encontra ressonância nos modos de viver dos povos da floresta e povos tradicionais da América Latina.
“Estamos desdobrando o tema Bem-Viver em diversas atividades. Este é um conceito que está em disputa, apesar de ser milenar e ancestral e está mais atual do que nunca. Estamos buscando trazer várias perspectivas sobre esse tema como no campo da política pública, da reparação, da justiça e do bem-estar. O Bem-Viver é um conjunto de conceitos muito complexos, mas que está aí para contrapor esse modelo de sociedade exploratório, racista, misógino e opressor e que não é sustentável. E nada melhor do que o campo da arte e da cultura para promover essa transformação”, disse Jaqueline Fernandes, diretora-geral do Festival Latinidades.
Neste sábado, a programação do Latinidades será até às 21h, com uma série de shows musicais, entre eles, apresentações das cantoras Ellen Oléria e Zezé Motta. “Os ingressos online já se esgotaram, mas as pessoas podem vir aqui porque haverá mais ingressos na bilheteria do CCSP”, convida Jaqueline.
Já neste domingo (23), a programação continua, mas muda de endereço: deixa o Centro Cultural São Paulo e se desloca para o Museu das Favelas. “Amanhã nossa programação é dedicada aos 50 anos da cultura hip hop, essa cultura potente que contribuiu muito para a formação dos jovens de periferia no Brasil, especialmente os jovens negros. E, como um festival de mulheres negras, trazemos esse protagonismo das mulheres na cultura hip hop com o Fórum Estadual de Mulheres do Hip Hop”, explica Jaqueline. O evento no Museu das Favelas vai ocorrer entre 10h e 18h.
“Estamos desdobrando o tema Bem-Viver em diversas atividades. Este é um conceito que está em disputa, apesar de ser milenar e ancestral e está mais atual do que nunca. Estamos buscando trazer várias perspectivas sobre esse tema como no campo da política pública, da reparação, da justiça e do bem-estar. O Bem-Viver é um conjunto de conceitos muito complexos, mas que está aí para contrapor esse modelo de sociedade exploratório, racista, misógino e opressor e que não é sustentável. E nada melhor do que o campo da arte e da cultura para promover essa transformação”, disse Jaqueline Fernandes, diretora-geral do Festival Latinidades.
Neste sábado, a programação do Latinidades será até às 21h, com uma série de shows musicais, entre eles, apresentações das cantoras Ellen Oléria e Zezé Motta. “Os ingressos online já se esgotaram, mas as pessoas podem vir aqui porque haverá mais ingressos na bilheteria do CCSP”, convida Jaqueline.
Já neste domingo (23), a programação continua, mas muda de endereço: deixa o Centro Cultural São Paulo e se desloca para o Museu das Favelas. “Amanhã nossa programação é dedicada aos 50 anos da cultura hip hop, essa cultura potente que contribuiu muito para a formação dos jovens de periferia no Brasil, especialmente os jovens negros. E, como um festival de mulheres negras, trazemos esse protagonismo das mulheres na cultura hip hop com o Fórum Estadual de Mulheres do Hip Hop”, explica Jaqueline. O evento no Museu das Favelas vai ocorrer entre 10h e 18h.
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