Publicado 11/08/2023 14:33
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou um envio suspeito de valores fracionados em diversas transferências de dinheiro para os Estados Unidos, feitas pelo general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Foram quatro transferências de U$ 3.000 (cerca de R$ 15 mil) entre os dias 10, 11, 16 e 18 de janeiro deste ano, totalizando cerca de R$ 62.683. O fracionamento chama a atenção do controle financeiro, pois tende a ser feito com o objetivo de não chamar a atenção da fiscalização.
Em 12 de janeiro, o próprio Mauro Cid (o filho) também enviou R$ 367 mil para a sua conta nos Estados Unidos. "Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio, e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro, ou com ele relacionar-se", disse o Coaf.
Em 12 de janeiro, o próprio Mauro Cid (o filho) também enviou R$ 367 mil para a sua conta nos Estados Unidos. "Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio, e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro, ou com ele relacionar-se", disse o Coaf.
Nesta sexta (11), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão mirando aliados muito próximos de Bolsonaro no caso das joias que o ex-presidente recebeu em viagem oficial à Arábia Saudita. Entre os alvos, estão Mauro Cid, seu pai, Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército que também foi ajudante de ordens.
Em nota, a PF afirmou que a ação tem o objetivo de “esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro". As operações fazem parte do inquérito policial das milícias digitais, que tramita no STF.
De acordo com a apuração, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro e tornaram-se patrimônio pessoal dos investigados, sem passar pelo sistema bancário formal, para ocultar o dinheiro.
Em nota, a PF afirmou que a ação tem o objetivo de “esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro". As operações fazem parte do inquérito policial das milícias digitais, que tramita no STF.
De acordo com a apuração, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro e tornaram-se patrimônio pessoal dos investigados, sem passar pelo sistema bancário formal, para ocultar o dinheiro.
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