Alexandre de Moraes, presidente do TSEValter Campanato/Agência Brasil
Publicado 22/08/2023 10:47
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o arquivamento da investigação que envolvia seis empresários acusados de trocar mensagens de teor golpista em um grupo do WhatsApp. Os textos indicavam a suposta intenção de planejar um golpe de Estado caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse as eleições.
A decisão proferida por Moraes ocorreu nesta segunda-feira (21). No mesmo contexto, o ministro também estendeu por mais 60 dias a apuração envolvendo os empresários Meyer Nigri e Luciano Hang.

"Não foram confirmados indícios reais de fatos típicos praticados pelos investigados ou qualquer indicação dos meios que os mesmos teriam empregado em relação às condutas objeto de investigação ou, ainda, o malefício que produziu, os motivos que determinaram, o lugar onde a praticou, o tempo ou qualquer outra informação relevante que justifique a manutenção da investigação", argumentou o magistrado.

Os eventos tiveram início em agosto de 2022, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra os oito empresários. As conversas que levaram à investigação vieram à tona através do site "Metrópoles".

Os empresários, que eram apoiadores fervorosos de Jair Bolsonaro (PL-RJ), foram identificados como participantes de um grupo no WhatsApp chamado "Empresários & Política", criado em 2021. Nesse grupo, eles se manifestaram abertamente a favor de um possível golpe de Estado no caso de uma vitória eleitoral de Lula.
As mensagens compartilhadas no grupo expuseram que, em 31 de julho, houve um aumento no discurso pró-golpe por parte dos grandes empresários, além de ataques direcionados ao STF e ao TSE.

Vale ressaltar que a decisão de Alexandre de Moraes foi alvo de críticas por parte de juristas e políticos. Eles alegaram que o arquivamento da investigação representa uma impunidade para os empresários envolvidos.
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