Ex-presidente Jair Bolsonaro e o filho 04 Jair Renan BolsonaroReprodução: redes sociais
Publicado 24/08/2023 12:16
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O filho 04 do ex-presidente Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, foi citado em um e-mail obtido pela CPMI do 8 de janeiro sobre a procura por presentes dados à Presidência da República. A mensagem aponta que ele estava se apropriando de itens que pertencem, legalmente, ao patrimônio público. 
O e-mail cita apenas o nome "Renan", mas segundo a emissora de TV por assinatura "Globo News" (que revelou a informação), integrantes da CPMI confirmaram que se trata, de fato, do filho 04 do ex-presidente.

No momento, Bolsonaro (pai) enfrenta uma investigação para determinar se ele foi o beneficiário e/ou mandante de um esquema para a venda ilegal de bens da Presidência, recebidos em viagens oficiais, nos Estados Unidos.

O e-mail em questão foi enviado por Carlos Henrique Holzschuk para dois remetentes — ambos de ajudantes de ordens da Presidência — entre eles Osmar Crivelatti, afirma que Jair Renan deveria selecionar e informar quais presentes ele queria levar, ou seja, desviar do patrimônio nacional, apossando-se desses bens.

O texto também afirma que o Gabinete de Documentação Histórica informaria quais foram os itens escolhidos pelo filho 04, e faria sua liberação apenas após a autorização expressa de seu pai, o então presidente da República.
Busca e apreensão
A revelação dos e-mails surge no mesmo dia em que Jair Renan foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal para apurar suspeitas de que uma organização criminosa (da qual Jair Renan supostamente seria membro) cometeu os crimes de estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Além das buscas em endereços ligados ao filho 04 de Bolsonaro, um amigo de Jair Renan, o instrutor de tiro Maciel Carvalho, de 41 anos, foi preso sob suspeita de forjar documentos para conseguir o registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e venda ilegal de armas. Um terceiro alvo da operação, que segundo a Polícia Civil era usado como “testa de ferro”, não teve seu nome informado à imprensa.
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