Flávio Bolsonaro disse que operação policial tenta atingir o ex-presidenteMarcos Oliveira/Agência Senado
Publicado 24/08/2023 16:18 | Atualizado 24/08/2023 17:58
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu seu irmão Jair Renan, após uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal cumprir mandados de busca e apreensão em endereços em Santa Catarina e Brasília. A polícia realizou apreensão do celular, HDs e documentos eleitorais do filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação visa a colher informações por suspeitas de lavagem de dinheiro.

O filho mais velho do ex-presidente aproveitou o início da sessão da CPMI dos Atos Golpistas, para criticar a ação da polícia, alegando que as investigações são para atingir seu pai, que estaria sofrendo perseguição política.
Para Flávio, não faz sentido investigar Jair Renan, pois ele não possui recursos. O senador afirmou que os policiais estavam buscando detalhes irrelevantes e que não faz sentido investigar o irmão por lavagem de dinheiro.

"Ele não tem onde cair morto", disse o Flávio. A fala aconteceu antes da sessão da CPMI do 8 de janeiro, que ouviu nesta manhã o sargento Luis Reis, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

"Uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso, né? Eu espero que este critério seja usado para todos. Tem investigadores procurando pelo em ovo, mesmo sem ter nada, independente do sobrenome. Tomara que isso vire uma praxe agora. Ao que parece, é mais uma vez uma desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno", declarou Flávio antes da CPMI.

A operação da Polícia do DF investiga um esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, envolvendo laranjas e empresas fictícias. O principal alvo da operação já havia sido alvo de ações policiais anteriores.
O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, que já foi alvo de duas ações da Polícia Civil este ano. Carvalho era instrutor de tiro de Jair Renan e foi preso em janeiro. O instrutor é alvo de um mandado de prisão preventiva.
O grupo teria utilizado nome de laranjas e empresas fictícias, com identidade falsa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abrir contas bancárias e se passar como proprietário de empresas fictícias.

Eles também estão sendo investigados por supostamente forjar relações de faturamento e documentos das empresas, usando dados de contadores sem consentimento. Entre as acusações estão falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Em nota, o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, informou que o filho 04 de Bolsonaro está "tranquilo" teve seu celular, um HD e anotações apreendidos na operação que o pegou de surpresa. Confira a nota na íntegra:

"Ocorreu, na data de hoje, cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Jair Renan em Balneário Camboriú/SC, onde foram apreendidos: um aparelho celular, um HD e papéis com anotações particulares. Não houve condução de Renan para depoimento ou qualquer outra medida. A defesa informa que foi recém-constituída, e que por isso não obteve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão. Renan informou estar surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido."
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