Publicado 26/08/2023 14:47 | Atualizado 26/08/2023 14:52
A Polícia Federal (PF) encontrou nos aparelhos celulares do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indícios de que militares da ativa teriam financiado atos antidemocráticos e uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de outubro do ano passado, que elegeram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As informações do relatório da PF serviram como base para a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 25, que determinou que Mauro Cid não se comunique com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de outros indivíduos que estão sob investigação.
As informações do relatório da PF serviram como base para a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 25, que determinou que Mauro Cid não se comunique com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de outros indivíduos que estão sob investigação.
A restrição também se estende à esposa dele, Gabriela Santiago Cid, e a outros ex-ajudantes de ordens que estão sendo investigados.
De acordo com os investigadores, em "análise parcial dos dados armazenados" no celular de Cid e da esposa dele, foram identificadas "várias mensagens postadas em grupos e chats privados do aplicativo WhatsApp, em que os interlocutores, incluindo militares da ativa, incentivam a continuidade das manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de Estado após o pleito eleitoral de 2022, inclusive com financiamento aos atos ilícitos".
De acordo com os investigadores, em "análise parcial dos dados armazenados" no celular de Cid e da esposa dele, foram identificadas "várias mensagens postadas em grupos e chats privados do aplicativo WhatsApp, em que os interlocutores, incluindo militares da ativa, incentivam a continuidade das manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de Estado após o pleito eleitoral de 2022, inclusive com financiamento aos atos ilícitos".
Os elementos colhidos até agora, conforme a PF, "ratificam a hipótese criminal relacionando a participação dos investigados na tentativa de execução de um golpe de Estado", induzindo e instigando a população ou por "atos preparatórios e executórios propriamente ditos".
Para a PF, Mauro Cid "reuniu documentos com o objetivo de obter o suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de Estado", além de ter compilado estudos que "tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO".
"Apesar de não terem obtido êxito na tentativa de golpe de Estado, a atuação dos investigados, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023", afirma o relatório.
Para a PF, Mauro Cid "reuniu documentos com o objetivo de obter o suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de Estado", além de ter compilado estudos que "tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO".
"Apesar de não terem obtido êxito na tentativa de golpe de Estado, a atuação dos investigados, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023", afirma o relatório.
Na decisão de ontem, Moraes também disse que, com base na análise do celular de Cid, ainda há indícios de que houve desvio de bens de alto valor patrimonial dados como presente por autoridades estrangeiras a Bolsonaro enquanto era chefe do Executivo "ou agentes públicos a seu serviço" e "posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes".
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