Juliana Ruas morreu aos 39 anosReprodução
Publicado 04/09/2023 11:31
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Espírito Santo - A médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, de 39 anos, foi morta em um hotel de Colatina, no interior do Espírito Santo, no último sábado (2). A vítima é de Teófilo Otoni-MG. O marido da vítima, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, é ex-prefeito de Catuji-MG e foi preso pelo crime.
De acordo com a Polícia Civil, após a morte de sua esposa, ele foi à recepção do hotel onde o casal estava hospedado para alegar que Juliana estava passando mal e queria fazer o check-out.
Os trabalhadores do local chamaram o atendimento por ambulância. Os socorristas, ao examinar a vítima, levantaram a hipótese de ter acontecido um assassinato.
Foi acionada então a Polícia Militar, que conduziu o marido e também o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos. O laudo da morte de Juliana atesta que ela foi vítima de asfixia e traumatismo.
Mulher foi asfixiada até a morte em quanto de hotel - Divulgação/Polícia Civil
Mulher foi asfixiada até a morte em quanto de hotelDivulgação/Polícia Civil
Os dois homens foram conduzidos para a delegacia. Fuvio irá responder pelo crime de feminicídio mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. Enquanto Robson irá responder pelo crime de homicídio mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.
Ambos foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina. O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher Colatina de Colatina.
Lamento do pai
Assim como Fuvio, que é ex-prefeito de uma cidade mineira, o pai de Juliana, Samir El-Aouar, é ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni. Em entrevista à Inter TV, ele afirmou que ela foi torturada até a morte.
''O que aconteceu com ela foi tortura a noite toda. Houve traumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça. Ele machucou o estômago, a traqueia e o esôfago dela. Minha filha foi torturada até a morte'', disse.
Agressões
Samir também disse que havia um histórico de agressões de Fuvio à Juliana e que, inclusive, havia marcas dessas agressões.
''Ele já vinha batendo nela algumas vezes e dizia que ela caía dentro de casa. Todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso acontecendo e ela querendo sair do casamento. Ele a ameaçava quando ela dizia que queria sair do casamento, pois ele não aceitava a separação. Ele programou o que ele fez'', explicou.
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