Lula participa do desfile da Independência com dois mil militares das Forças Armadas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou das celebrações do Dia da Independência nesta quinta-feira, 7. Acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, o chefe de Estado brasileiro fez o tradicional passeio pelo Rolls Royce oficial antes de se encontrar com representantes das Forças Armadas e do Governo. A entrada às arquibancadas foram restritas a 30 mil pessoas.

A cerimônia teve "Democracia, Soberania e União" como slogan e foi aberta pela Fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas, os Dragões da Independência, e o coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília, que executaram o Hino Nacional e o Hino da Independência.

Ao lado de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, Rosa Werber, ministra do Supremo Tribunal Federal, Márcio França, realocado no ministério de Micro e Pequenas Empresas, e Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, Lula recebeu o General de Divisão Ricardo Piai Carmona, comandate do desfile, para dar inicío as atividades. Presidente da Câmara, Arthur Lira não esteve presente no evento. 

Outros que não comparecram foram os ministros Flávio Dino (Justiça), Fernando Haddad (Fazenda), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Carlos Lupi (Previdência). Recém demitida do ministério dos Esportes, Ana Moser também se ausentou. 

A cerimônia foi iniciada pelos atletas patrocinados pelas Forças Armadas. Campeão olímpico em Tóquio, o boxeador e terceiro-sargento do Exércio Hebert Conceição liderou os esportitas segurando o fogo simbólico da pátria e com a medalha de ouro no peito. O programa de alto rendimento foi responsável por 13 das 19 conquistas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. 

Em seguida, com o tema Com Educação se constrói um país, a Secretaria de Educação do Distrito Federal apresentou, no desfile escolar, mais de 550 alunos de escolas públicas e projetos sociais do DF. Desfilaram ainda, com 2 motos e 2 jipes, uma homenagem a Santos Dumont, o "Pai da Aviação"

Logo depois, os membros das Forças Armadas deram início a parte militar do desfile. Foram mais de dois mil soldados. Dentro dos eixos temáticos, desfilaram militares das três Forças, entre esses, integrantes da Força Expedicionária Brasileira, ex-mantenedores da paz, profissionais da área de saúde e engenheiros.

Representando o quarto eixo temático, a defesa da amazônia, o Comando Militar da Amazônia representa as diversas etnias indigenas presentes no Exército e soltou o grito de Selva em diferentes linguas originais como parte da cerimônia. Até mesmo o Zé Gotinha, mascote da campanha nacional de vacinação, esteve presente ao desfilar em cima de um carro dos bombeiros. 

A parte terrestre foi finalizada com a passagem de diversos veículos militares das Forças Armadas, incluindo os Fuzileiros Navais e dos bombeiros, e pela tradicional "pirâmide humana" do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. A Força Nacional não esteve presente.

A Marinha Brasileira participau com um total de sete aeronaves, entre elas o caça AF-1 (Skyhawk) e os helicópteros UH-15/15A (Super Cougar), SH-16 (Seahawk) e AH-11B (Lynx). Do Exército Brasileiro, foram 12 aeronaves, entre elas os helicópteros Esquilo/Fennec (HA-1A), Pantera K2 (HM-1A) e HM-4 Jaguar.

Já a FAB desfilou com as aeronaves KC-130 Hércules, A-1M, E-99 e R-99, além dos mais novos projetos estratégicos da Força, o KC-390 Millennium e o F-39 Gripen. Ao final do evento cívico-militar, o Esquadrão de Demonstração Aérea, também conhecido com "Esquadrilha da Fumaça", fez uma demonstração de manobras e acrobacias ao público, em formação composta por sete aeronaves A-29 Super Tucano.

Logo após o desfile, Lula iniciou os preparos para embarcar a Nova Delhi, na Índia, ainda nesta quinta-feira, 9. O chefe de Estado brasileiro irá participar da Cúpula do G20, grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia, e assumirá a presidência do grupo pela primeira vez, com mandato de 1 de dezembro até novembro de 2024. A reunião irá acontecer entre os dias 9 e 10 deste mês. 

Temas como clima, fome e reforma da ONU pautarão os trabalhos do Brasil no próximo ano e serão abordados em discurso de Lula, no domingo, 10. O presidente faz campanha para que países em desenvolvimento ganhem mais peso e representação internacional.