Publicado 08/09/2023 12:56
A pequena Muçum, no vale do Rio Taquari, foi uma das cidades mais afetadas pelo ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, que sofre a maior tragédia climática de sua história. "A situação está caótica, difícil de organizar. É um cenário de guerra e estamos lidando dessa forma, tentando organizar o caos e reconstruir a cidade", disse o prefeito Mateus Trojan (MDB).
O município registrou 15 mortes e ainda há uma lista com quase 20 desaparecidos.
O município registrou 15 mortes e ainda há uma lista com quase 20 desaparecidos.
Na quinta-feira, 7, o Estadão viu na cidade, de menos de 5 mil habitantes, as ruas tomadas por lama, caminhões e retroescavadeiras.
Muçum teve 80% do território alagado e moradores tiveram de carregar vizinhos no colo e se abrigar nos telhados para escapar da força das águas.
"Muitas famílias perderam tudo o que tinham e tiveram o agravante de perder familiares. No hospital de Muçum recebemos também pessoas que vieram de Roca Sales (cidade vizinha), pois lá o hospital foi destruído", afirmou Trojan.
No total, o Rio Grande do Sul registrou 41 mortes e há previsão de novos temporais, o que deixa todo o Estado em alerta.
"Muitas famílias perderam tudo o que tinham e tiveram o agravante de perder familiares. No hospital de Muçum recebemos também pessoas que vieram de Roca Sales (cidade vizinha), pois lá o hospital foi destruído", afirmou Trojan.
No total, o Rio Grande do Sul registrou 41 mortes e há previsão de novos temporais, o que deixa todo o Estado em alerta.
Nesta quinta, segundo ele, o governador Eduardo Leite (PSDB) visitou a cidade e prometeu ajuda. "No momento, a ajuda humanitária está vindo de várias partes através de doações. Temos o Brasil dentro de Muçum, o Exército, a Marinha, a Defesa Civil de diferentes esferas, batalhões da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. É uma estrutura de guerra para a resposta a um cenário de guerra", disse.
Além de recursos humanos e financeiros, o prefeito disse que será necessário apoiar as empresas atingidas para que retomem seus trabalhos e não demitam, o que desencadearia, em médio e longo prazo, outro problema social.
Trojan espera que a onda de solidariedade que está ajudando a recuperar a cidade continue por mais tempo. "São dezenas de casas totalmente levadas, o que gera essa necessidade de ter esse retorno do governo do Estado e do federal para reconstruir a cidade. Mas temos também mais de duas mil pessoas voluntárias, que vieram de fora, para ajudar na recuperação da cidade."
No sábado, 9, as vítimas de Muçum receberão homenagens em velório coletivo.
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