Presidente Lula e primeira-dama Janja Lula da Silva Ricardo Stuckert/PR
Publicado 08/09/2023 17:33
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A primeira-dama Janja Lula da Silva publicou e apagou instantes depois um vídeo em que diz "me segura, que eu já vou sair dançando" ao desembarcar na Índia ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O gesto foi criticado por causa da tragédia que assola a cidade gaúcha de Muçum. Mais de 40 pessoas morreram por causa do ciclone que passou no local.

Lula foi até a Índia para assumir a presidência do G-20. Ele saiu em viagem logo depois da comemoração do 7 de Setembro e tem sido criticado por causa da agenda. Acompanhado da primeira-dama, o presidente foi para o compromisso no exterior sem visitar moradores de Muçum que perderam familiares e todos os bens na tragédia.


O casal desembarcou há algumas horas na capital indiana Nova Delhi e foi recebido com música e flores. Lula e Janja receberam o "bindi", desenho vermelho no meio da testa, gesto praticados pelos hindus para proteger as mulheres casadas e seus esposos.

Antes de deixar o Brasil, a primeira-dama fez outra publicação nas suas redes sociais que atraiu críticas dos usuários. "Decolando para a Índia. 20hs de voo. Vou ter muito tempo para tuitar rsrs."

Seguidores e parlamentares da oposição criticaram o tom bem-humorado de Janja como um gesto de falta de empatia pelos afetados pela tragédia de Muçum, que nem ela e nem o presidente Lula visitaram antes de ir para o exterior.

Um dos que criticou a primeira-dama diretamente no perfil dela é o deputado federal André Fernandes (PL-CE). Ele foi investigado por supostamente incitar os ataques do 8 de Janeiro e publicar uma foto de um dos armários de Alexandre de Moraes destruído.

Na ausência do presidente, Geraldo Alckmin visitará os moradores de Muçum no próximo domingo, 10. Entre a segunda e terça-feira passadas, um ciclone extratropical passou pela cidade e provocou enchentes em todo o Vale do Taquari. A Defesa Civil já confirmou 41 mortes, mas ainda há 25 pessoas desaparecidas.

No estado do Rio Grande do Sul, 79 municípios estão em estado de calamidade. Mais de 10 mil pessoas estão desalojadas e 43 estão feridas.
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