Publicado 09/09/2023 19:49
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva associou, neste sábado, o descompromisso com o meio ambiente à "emergência climática sem precedentes" no planeta. Pressionado, o presidente citou as mais de 40 mortes no Brasil, decorrentes de um ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul.
"O descompromisso com o meio ambiente nos leva a uma emergência climática sem precedentes. Agora mesmo no Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais", disse.
Lula discursou na abertura da 18ª Cúpula do G-20, o grupo das principais economias do mundo, na Índia. "Se não agirmos com sentido de urgência, esses impactos serão irreversíveis. Os efeitos da mudança do clima não são sentidos por todos da mesma forma. São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens e migrantes os mais impactados."
O presidente reagiu à repercussão negativa de não ter visitado o Rio Grande do Sul e vistoriado ações de Defesa Civil, bem como o socorro às vítimas e familiares dos mortos, antes de decolar rumo à Índia.
Até agora são 41 mortos no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina, com 46 desaparecidos. Cerca de 11 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas e 79 cidades, em estado de calamidade pública.
O governo federal anunciou neste sábado, 9, que a primeira parcela, de R$ 400 por desabrigado, será repassada na segunda-feira (11) para os municípios atingidos pela chuva que já se cadastraram. Os repasses, segundo o ministro Desenvolvimento Social, Wellington Dias, poderão ser utilizados para custear estruturas de abrigo, alimentação, material de higiene, entre outras despesas. O restante (mais R$ 400) será enviado após atualização do número de atingidos, afirmou.
O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para apurar as providências adotadas em relação às enchentes e ações preventivas. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que está no exercício da Presidência, viaja amanhã (10), à região. "Orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, o Geraldo Alckmin e os ministros e ministras do nosso governo formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul. Estamos atuando em todas as frentes. Maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cesta de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas estão sendo disponibilizados", afirmou Lula.
O petista e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, haviam sido cobrados nas redes sociais. Janja chegou a publicar um vídeo ao desembarcar em Nova Délhi em que dizia: "Namastê. Olá, Índia. Boa noite! Me segura, que eu já vou sair dançando". Logo depois, ela apagou a gravação. Neste sábado, Janja reagiu: "Meu sorriso e minha alegria nunca significarão falta de empatia e solidariedade pelo próximo."
Cobranças
"O descompromisso com o meio ambiente nos leva a uma emergência climática sem precedentes. Agora mesmo no Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais", disse.
Lula discursou na abertura da 18ª Cúpula do G-20, o grupo das principais economias do mundo, na Índia. "Se não agirmos com sentido de urgência, esses impactos serão irreversíveis. Os efeitos da mudança do clima não são sentidos por todos da mesma forma. São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens e migrantes os mais impactados."
O presidente reagiu à repercussão negativa de não ter visitado o Rio Grande do Sul e vistoriado ações de Defesa Civil, bem como o socorro às vítimas e familiares dos mortos, antes de decolar rumo à Índia.
Até agora são 41 mortos no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina, com 46 desaparecidos. Cerca de 11 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas e 79 cidades, em estado de calamidade pública.
O governo federal anunciou neste sábado, 9, que a primeira parcela, de R$ 400 por desabrigado, será repassada na segunda-feira (11) para os municípios atingidos pela chuva que já se cadastraram. Os repasses, segundo o ministro Desenvolvimento Social, Wellington Dias, poderão ser utilizados para custear estruturas de abrigo, alimentação, material de higiene, entre outras despesas. O restante (mais R$ 400) será enviado após atualização do número de atingidos, afirmou.
O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para apurar as providências adotadas em relação às enchentes e ações preventivas. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que está no exercício da Presidência, viaja amanhã (10), à região. "Orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, o Geraldo Alckmin e os ministros e ministras do nosso governo formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul. Estamos atuando em todas as frentes. Maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cesta de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas estão sendo disponibilizados", afirmou Lula.
O petista e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, haviam sido cobrados nas redes sociais. Janja chegou a publicar um vídeo ao desembarcar em Nova Délhi em que dizia: "Namastê. Olá, Índia. Boa noite! Me segura, que eu já vou sair dançando". Logo depois, ela apagou a gravação. Neste sábado, Janja reagiu: "Meu sorriso e minha alegria nunca significarão falta de empatia e solidariedade pelo próximo."
Cobranças
O Brasil vai assumir a presidência do G-20 em dezembro e Lula disse que pretende lançar no grupo uma "Força Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima". Ele cobrou os países ricos por supostamente transferirem responsabilidades a nações em desenvolvimento. "Queremos chegar na COP-30, em 2025, com uma agenda climática equilibrada entre mitigação, adaptação, perdas e danos e financiamento, assegurando a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas", disse, sobre a reunião que será em Belém, no Pará.
"Quem mais contribuiu historicamente para o aquecimento global deve arcar com os maiores custos de combatê-la. Recursos não faltam. Ano passado, o mundo gastou US$ 2,24 trilhões em armas. Essa montanha de dinheiro poderia estar sendo canalizada para o desenvolvimento sustentável e a ação climática."
"Quem mais contribuiu historicamente para o aquecimento global deve arcar com os maiores custos de combatê-la. Recursos não faltam. Ano passado, o mundo gastou US$ 2,24 trilhões em armas. Essa montanha de dinheiro poderia estar sendo canalizada para o desenvolvimento sustentável e a ação climática."
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