Publicado 21/09/2023 08:03
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na noite da quarta-feira, 20, que a reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi a que a "devia e precisava acontecer". Foi a primeira vez que ambos se encontraram pessoalmente após uma tentativa frustrada durante o G7, grupo dos mais ricos, em Hiroshima, no Japão. A guerra entre Rússia e Ucrânia foi deixada de lado na reunião de Lula com Biden.
Lula disse que ouviu o que o presidente ucraniano tinha a dizer e que defendeu a ele a necessidade de se construir a Paz e uma mesa de negociação para encerrar a guerra no país.
"Eu disse para ele a necessidade de encontrar um grupo de países amigos que pudesse fazer uma proposta nem de um nem de outro, dos dois que estão em guerra. E [disse] que a negociação em uma mesa sai muito mais barato que uma guerra, não tem vítima, não tem morte e não tem tiro", disse Lula, a jornalistas, de saída do hotel em que estava hospedado em Nova York.
Nesse sentido, o brasileiro disse que sugeriu a construção de uma mesa de negociação para parar com a guerra. Admitiu, contudo, que não é um caminho fácil.
"Eu sei que é difícil tanto para ele quanto para o [presidente da Rússia, Vladimir] Putin, mas eu acho que esse é o único caminho que vai encontrar uma solução, o caminho do diálogo, da Paz, da conversa", afirmou o presidente do Brasil "Ninguém vai ter 100%, ninguém consegue ganhar tudo. Não é apenas a derrota do inimigo. É a construção de uma Paz duradoura para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial como fez a Rússia", disse Lula.
Na sequência, o presidente deixou o hotel que estava hospedado a Nova York, com destino ao Brasil. Ele estava desde sábado, 16, na cidade, para onde veio discursar na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Reunião com Biden
Pouco antes de se encontrar com Zelenski, Lula se reuniu com o presidente americano, Joe Biden. No encontro, a guerra na Ucrânia parece ter sido propositalmente escanteada, visto que os dois países divergem sobre a ajuda aos ucranianos. Enquanto o governo brasileiro tenta se equilibrar na neutralidade, o americano hipotecou seu apoio incondicional, incluindo dinheiro e armas.
Por isso, Lula e Biden resolveram focar em convergências, explorando principalmente características comuns de suas biografias. As origens políticas, tanto do brasileiro quanto do americano, estão ligadas aos sindicatos. O pai do democrata chegou a trabalhar em uma fábrica de selante naval na Pensilvânia.
Enfatizar a conexão com os trabalhadores americanos será crucial na eleição de 2024, principalmente em Estados-chave, como Michigan e Ohio. Por isso, o encontro com Lula foi uma chance de fazer um aceno ao público doméstico. Hoje, o presidente dos EUA navega por uma onda de greves, desde o setor automotivo até os roteiristas de Hollywood.
"Eu disse para ele a necessidade de encontrar um grupo de países amigos que pudesse fazer uma proposta nem de um nem de outro, dos dois que estão em guerra. E [disse] que a negociação em uma mesa sai muito mais barato que uma guerra, não tem vítima, não tem morte e não tem tiro", disse Lula, a jornalistas, de saída do hotel em que estava hospedado em Nova York.
Nesse sentido, o brasileiro disse que sugeriu a construção de uma mesa de negociação para parar com a guerra. Admitiu, contudo, que não é um caminho fácil.
"Eu sei que é difícil tanto para ele quanto para o [presidente da Rússia, Vladimir] Putin, mas eu acho que esse é o único caminho que vai encontrar uma solução, o caminho do diálogo, da Paz, da conversa", afirmou o presidente do Brasil "Ninguém vai ter 100%, ninguém consegue ganhar tudo. Não é apenas a derrota do inimigo. É a construção de uma Paz duradoura para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial como fez a Rússia", disse Lula.
Na sequência, o presidente deixou o hotel que estava hospedado a Nova York, com destino ao Brasil. Ele estava desde sábado, 16, na cidade, para onde veio discursar na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Reunião com Biden
Pouco antes de se encontrar com Zelenski, Lula se reuniu com o presidente americano, Joe Biden. No encontro, a guerra na Ucrânia parece ter sido propositalmente escanteada, visto que os dois países divergem sobre a ajuda aos ucranianos. Enquanto o governo brasileiro tenta se equilibrar na neutralidade, o americano hipotecou seu apoio incondicional, incluindo dinheiro e armas.
Por isso, Lula e Biden resolveram focar em convergências, explorando principalmente características comuns de suas biografias. As origens políticas, tanto do brasileiro quanto do americano, estão ligadas aos sindicatos. O pai do democrata chegou a trabalhar em uma fábrica de selante naval na Pensilvânia.
Enfatizar a conexão com os trabalhadores americanos será crucial na eleição de 2024, principalmente em Estados-chave, como Michigan e Ohio. Por isso, o encontro com Lula foi uma chance de fazer um aceno ao público doméstico. Hoje, o presidente dos EUA navega por uma onda de greves, desde o setor automotivo até os roteiristas de Hollywood.
Pedidos de encontros bilaterais com Lula
O presidente brasileiro recebeu pedido para cerca de 60 reuniões bilaterais às margens da Assembleia-Geral da ONU, sendo 50 vindos de Chefes de Estado e dez de organizações internacionais que o Brasil faz parte.
Desde a sua posse, o presidente já esteve com chefes de governo de 55 países diferentes em menos de nove meses.
O presidente brasileiro recebeu pedido para cerca de 60 reuniões bilaterais às margens da Assembleia-Geral da ONU, sendo 50 vindos de Chefes de Estado e dez de organizações internacionais que o Brasil faz parte.
Desde a sua posse, o presidente já esteve com chefes de governo de 55 países diferentes em menos de nove meses.
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