Publicado 13/10/2023 14:04
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira, 13, que não existe fogo natural na Amazônia e ressaltou que o principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento. A ministra anunciou que foram mobilizados mais de 300 brigadistas para combater as queimadas que atingem a região. Pelos dados coletados na quinta-feira, 12, são, no total, mil focos de calor no Estado do Amazonas, segundo ela.
"O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo", disse a ministra durante coletiva à imprensa convocada nesta sexta para anunciar as ações do governo no combate às queimadas no Amazonas
A ministra pediu apoio da população ao reforçar que, além da ação dos brigadistas e de todo o efetivo envolvido, é necessário que as pessoas parem de atear fogo no local. Ela citou a atuação "criminosa" em propriedades privadas e áreas públicas como um dos fatores que agravam as queimadas no Estado.
"É uma situação de extrema gravidade porque há cruzamento de três fatores: grande estiagem provocada pelo El Niño; matéria orgânica em grande quantidade ressecada; ateamento de fogo em propriedade particulares e dentro de áreas públicas de forma criminosa", avaliou Marina.
A ministra destacou que a determinação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que as equipes federais ajam em parceria com os governos dos Estados, dispondo de tudo que for necessário para o combate aos incêndios.
O Ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, citou que o desafio no Estado é grande pela logística na Amazônia. Como exemplo, ele citou que em alguns locais as equipes demoram cerca de 12 dias para chegar com comida.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.