Presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaValter Campanato/Agência Brasil
Publicado 19/10/2023 16:15
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o arquivamento de um pedido para investigar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter ficado com relógios de luxo e um colar de ouro branco recebidos no primeiro mandato.
O pedido de investigação foi feito pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE). Ele defendeu que Lula fosse investigado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Polícia Federal apura se Bolsonaro e seus aliados desviaram e venderam presentes diplomáticos que deveriam ter sido incorporados ao acervo da União.
O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos defendeu, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não há elementos para investigar o presidente.
"Afigura-se necessário estabelecer filtragens a petições com claro viés político, que pretendem causar confusão jurídica e incriminar opositores por meio de conjecturas e abstrações desprovidas de elementos mínimos", escreveu.
A manifestação da PGR foi enviada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que ainda não despachou.
Como mostrou o Estadão, Lula ficou com três relógios - um Piaget, avaliado em R$ 80 mil, um Cartier Santos Dumont, que custa cerca de R$ 60 mil, e um relógio suíço folheado em prata. Além desses três relógios, o presidente ficou com um colar de ouro branco.
Os presentes recebidos nos primeiros mandatos (2003-2010) se tornaram objeto de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) e de uma ação da Operação Lava Jato. Os itens ficaram conhecidos como as 'tralhas' de Lula. O termo foi usado pelo próprio petista para se referir aos objetos em um depoimento prestado na investigação. Lula move um processo para tentar reaver partes dos presentes.
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