Publicado 28/10/2023 16:35
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 28, que "houve um desastre" em 2022, mas que é preciso considerar tudo como uma "página virada". No ano passado, ele foi derrotado nas eleições na disputa com o petista Luiz Inácio Lula da Silva e se recusou a reconhecer o resultado da votação.
"Quis Deus me dar segunda vida e quatro anos de presidente da República. Houve um desastre no ano passado. Ninguém entende o que aconteceu, mas vamos considerar página virada. Vamos continuar lutando pelo nosso Brasil. Temos um legado. Eu falo temos porque não é meu, é de todos nós", disse Bolsonaro, durante evento do PL Mulher em Goiânia.
O evento, realizado no Centro de Convenções de Goiânia, foi tocado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Jair Bolsonaro apareceu ao fim do encontro para discursar por cerca de cinco minutos.
O ex-presidente também falou em "plantar" para colher frutos nas eleições de 2024 e de 2026. Em junho, Bolsonaro foi considerado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. Na prática, isso significa que ele não poderá concorrer a cargo político até 2030.
"O Brasil é um País fantástico que tem tudo para dar certo, como estava danto certo até o final do ano passado. Vamos plantar para o ano que vem, para colhermos também em 2026", afirmou ele, ao anunciar, sem citar nomes, de que um deputado federal deverá disputar a Prefeitura de Goiânia.
Bolsonaro também elogiou a atuação de Michelle Bolsonaro e criticou a política de cotas para mulheres nas eleições.
"O PL Mulher tem aparecido com a senhora Michele à frente em todo o Brasil, onde as mulheres se interessam pela política, pela sua capacidade, pela sua vontade de servir, e não por cotas, porque não deve ser dessa maneira. A mulher tem muito mais resiliência, persistência e, ouso dizer, mais capacidade do que os homens quando entram para valer na política", disse.
Apesar dos elogios, apenas duas mulheres foram ministras de Estado no governo Bolsonaro.
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