Publicado 28/10/2023 20:00
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, rebateu as críticas feitas por João Amoêdo em entrevista publicada neste sábado, 28. Ribeiro disse que o que sobrou a Amoêdo, desfiliado da legenda, "é criticar o próprio partido". "Gostaria que ele encontrasse uma causa mais digna, que encontrasse um partido que pudesse ser aceito", disse.
Quando questionado qual partido poderia ser esse, disse que poderia ser algum de centro ou de centro-esquerda. Amoêdo se desfiliou do novo em novembro de 2022.
Ribeiro disse que um dos principais motivos de desfiliação do partido nos últimos anos foi a atuação do próprio Amoêdo. Ele diz que as escolhas do ex-dirigente levaram a legenda a não alcançar os critérios da cláusula de barreira, em 2022, tornando-o "irrelevante".
"Foi um erro de estratégia de Amoêdo restringir demais o crescimento do Novo. Ele criou um partido que fosse dependente dele. De fato, ficou irrelevante", disse. Para o atual presidente, isso aconteceu em decisões como a de apostar apenas em cidades com mais de 300 mil habitantes e não investir em pequenos municípios e cidades médias.
Ele também rebateu as críticas da filiação do deputado federal cassado Deltan Dallagnol ao Novo. Deltan assumiu o posto de embaixador do partido e ganha R$ 40 mil por mês.
"Deltan já deu um retorno. O Novo bateu um recorde de filiação. Neste mês específico, vamos bater mais de 1.700 filiados. O salário do Deltan já está pago aí. Mostra um desconhecimento dele e um acerto nosso em filiar Deltan", afirmou. Filiados que pagam imposto de renda precisam pagar uma taxa de cerca de R$ 40 por mês para se manter na legenda.
À reportagem, Amoêdo lembrou que o outro embaixador do partido, o ex-treinador de vôlei, Bernardinho, não cobrava pela atuação.
Ribeiro disse que o partido se encontra numa fase de "reconstrução". para se tornar mais competitivo. A estratégia passa pela presença em cerca de 350 a 400 municípios para disputar as eleições municipais no próximo ano e angariar mais filiados.
Para isso, pretendem usar Deltan em "roadtrips" pelo Brasil, com discursos e palestras do ex-procurador da Lava Jato. "Estamos vivendo o maior momento de coesão", afirmou.
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