Homem é morto a facadas após oferecer paçoca a filha do suspeito

Um homem de 41 anos matou outro de 29 anos após ambos discutirem perto de um supermercado no bairro Victor Konder, em Blumenau, Santa Catarina, na sexta-feira, 3. De acordo com a Polícia Militar, o assassinato foi motivado após a vítima oferecer uma paçoca a filha do suspeito. O crime ocorreu por volta das 18h20. 

A ação virou motivo de discussão entre os dois, mas não houve agressão no primeiro momento e o suspeito entrou com a menina no estabelecimento sem problemas. A situação mudou quando o agressor saiu do supermercado e voltou a bater boca com o vendedor.

Ambos entraram em luta coporal e o homem mais velho desferiu cerca de cinco golpes no peito do mais novo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a vítima já estava morta quando os paramédicos chegaram.

Segundo boletim da PM, o autor do crime machucou a mão esquerda durante o esfaqueamento e recebeu atendimento médico após se entregar aos policias. Ele foi levado à Polícia Científica e Central de Polícia Civil e passará por audiência de custória ainda neste sábado. Os pertences da vítima foram encaminhadas até o Centro Pop e lá a identificaram como um morador de rua. 

De acordo com o jornal O Município, o advogado do suspeito, Rodolfo Warmeling, afirmou que a discussão ocorreu pelo desrespeito por parte da vítima, “seguida por uma ameaça velada à integridade física da filha menor de idade do autor”.

“A vítima, insatisfeita com a ameaça proferida à integridade física da filha menor do autor, prosseguiu com ofensas de baixo calão e desferiu chutes no carrinho de bebê com novas ameaças. A ação foi instintiva de um pai que estava na eminência de uma grande ameaça que colocava em risco não somente à sua integridade física, mas também, a de sua filha menor que conta com pouco mais de 2 anos de idade”, conta Warmeling.

O advogado salienta que a vítima estaria em posse da faca e acabou desarmado. Ele lamenta o fato ao considerá-lo uma verdadeira tragédia, mas salienta que o cliente "se viu ameaçado por um cidadão que desrespeitou todos os limites toleráveis, sobretudo, ao ameaçar a integridade física de uma criança com menos de 3 anos de idade”.