Policiais Federais cumpriram 33 mandados de busca e apreensãoFoto: Divulgação/PF
Publicado 07/12/2023 12:49 | Atualizado 07/12/2023 12:53
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A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a FORCE/COGER/SSP/BA, deflagrou a Operação El Patron nesta quinta-feira (7), visando desmantelar uma organização criminosa com atuação em Feira de Santana, Região Centro-Norte da Bahia . A organização, que seria liderada por um deputado estadual, é acusada de lavagem de dinheiro proveniente de diversos crimes como lavagem de dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, desmanche de veículos entre outros.

A operação cumpriu dez mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 700 milhões,sequestro de 26 propriedades, além da suspensão das atividades econômicas de seis empresas, expedidos pela 1º Vara Criminal de Feira de Santana. Participaram da ação 200 policiais federais e estaduais, além de 15 auditores da Receita Federal, além de seis analistas tributários.

As investigações, iniciadas após informações do Ministério Público da Bahia, revelaram a participação dos suspeitos em uma milícia, que atuava naquela região cometendo diversos crimes e com alto poderio econômico. Relatórios da Receita Federal indicaram inconsistências fiscais e indícios de lavagem de dinheiro entre os investigados.
Em decorrência das investigações, foi identificado que o líder da organização seria um deputado federal e possui foro privilegiado. De acordo com a PF, desde 2018, o "Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele."
Policiais Militares entre os investigados

Três policiais militares da Bahia foram identificados como parte do braço armado do grupo, responsáveis por cobranças violentas. Procurada, a assessoria da corporação ainda não enviou resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

A operação teve apoio do COT, GPI da Polícia Federal, GAECO e CORE da Polícia Civil da Bahia. As investigações continuam para identificar possíveis outros envolvidos. Os acusados, se condenados, enfrentam penas que podem ultrapassar 50 anos de reclusão.
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