Publicado 09/12/2023 09:35
Um afundamento na pista de taxiamento do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, impediu que um avião da Gol, com destino a Vitória, levantasse voo na tarde desta sexta-feira, 8. A aeronave se encaminhava para fazer a decolagem por volta das 17h35, quando uma das rodas traseiras ficou presa na pista.
Em comunicação com a torre de controle, o piloto do avião disse que achava que o "pneu tinha ficado preso em um buraco", e alertou: "A gente está perdendo potência aqui, e não sai do lugar". Em seguida, ele pediu à torre que alertasse a Gol para que funcionários da companhia se deslocassem à pista para ajudá-lo.
O diálogo foi captado e transmitido pelo canal Golf Oscar Romeu, no YouTube, que acompanha ao vivo as atividades de decolagem e aterrissagem em Congonhas.
A companhia aérea confirmou a ocorrência do problema. "A GOL informa que durante a movimentação da aeronave em direção a pista de decolagem do voo G3 1490, que seguiria de Congonhas (CGH) para Vitória (VIX) na tarde desta sexta-feira (08/12), o asfalto da pista de taxiamento do aeroporto paulistano apresentou um afundamento que impossibilitou a realização deste voo nesta aeronave."
Com a aeronave imóvel na pista de taxiamento, os passageiros precisaram desembarcar do avião. Uma escada foi posicionada na parte dianteira para a evacuação das pessoas, que tiveram que descer na pista de taxiamento. "Todos os clientes foram desembarcados em segurança" informou a Gol em nota.
A Aena, concessionária espanhola que administra o aeroporto de Congonhas, afirmou em nota que "uma das pistas de taxiamento sofreu uma desagregação do pavimento, impedindo a movimentação de uma aeronave da companhia aérea Gol", e informou que a equipe do aeroporto foi acionada para realizar o desembarque das pessoas que estavam no avião.
De acordo com a concessionária, as operações seguiram "sem grande impacto", uma vez que foi utilizada outra pista de taxiamento para acesso e saída da pista de pouso e decolagem principal.
Histórico recente de problemas
O afundamento da pista nesta sexta-feira é mais um na lista de problemas recentes ocorridos em Congonhas. No intervalo de seis dias, entre 29 de outubro e 3 de novembro, três situações com aviões executivos causaram interdições da pista principal do aeroporto e prejudicaram milhares de passageiros.
As intercorrências levaram a Aena a pedir à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mudanças no uso do espaço, com a proposta de que as aeronaves de pequeno e médio porte da aviação geral e executiva passassem a usar apenas a pista auxiliar, para que a pista principal fique à disposição das aeronaves da aviação comercial e jatos de grande porte da aviação geral.
No dia 29 de outubro, o pneu esquerdo do trem de pouso de uma aeronave Cirrus Vision estourou no momento do pouso. A pista principal ficou interditada por 50 minutos.
Em 1.º de novembro, véspera do feriado de Finados, às 19h30, horário em que o movimento costuma ser grande nos aeroportos, um avião Piper Aircraft PA-42 que chegava de Cuiabá também teve problemas no trem de pouso e causou a interdição da pista principal por praticamente duas horas — até as 21h49. Dezenas de voos foram cancelados ou transferidos para outros aeroportos.
No dia 3 de novembro, um jato executivo modelo Cessna Citation que decolou do município paulista de Estrela D’Oeste-SP teve falha nos freios durante a aterrissagem, às 16h13. Os voos na pista principal só foram retomados às 17h30.
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