Lula cobrou a criação dos estados de Israel e da PalestinaReprodução
Publicado 13/12/2023 11:04
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitou a abertura da Sessão Conjunta das Trilhas de Sherpas e de Finanças do G20 para pedir um cessar-fogo do conflito entre o grupo Hamas e Israel. De acordo com ele, o Brasil "segue de luto" com a guerra e cobrou da comunidade internacional a criação de dois Estados, Israel e Palestina, que vivam em segurança.
"O Brasil segue de luto com o trágico conflito entre Israel e Palestina. A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e resulta em milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças", disse no evento desta quarta-feira, 13, no Palácio do Itamaraty. "O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas."
No início da fala, Lula destacou a importância do grupo que reúne as maiores economias do mundo. Segundo ele, atualmente, o G20 é o fórum político e econômico com maior capacidade de influenciar positivamente a agenda internacional.
Ao citar que 2024 será um ano de "grandes desafios", o chefe do Executivo brasileiro disse que não "convém um mundo marcado pelo recrudescimento dos conflitos, pela crescente fragmentação, pela formação de blocos protecionistas e pela destruição ambiental". "Suas consequências seriam imprevisíveis para a estabilidade geopolítica", comentou.
O presidente do Brasil cobrou a comunidade internacional por uma solução para o conflito que, em sua visão, ocorrerá com dois Estados "vivendo lado a lado em segurança". "Sem ação coletiva, essas múltiplas crises podem multiplicar-se e aprofundar-se", disse.
Segundo Lula, as desigualdades estão na raiz dos problemas que enfrentamos e podem contribuir para agravá-los. "Precisamos de uma nova globalização que combata as disparidades", afirmou.
Essa quarta-feira é o terceiro dia de agendas em Brasília do grupo das 20 maiores economias do globo, cuja presidência foi assumida pelo Brasil no início do mês. Dentre as autoridades dividindo a mesa com Lula, estavam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
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