Publicado 20/12/2023 09:35
O jantar organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na casa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, nesta terça-feira, 19, teve ampla adesão entre os ministros da Corte e funcionou como uma "confraternização de natal", nas palavras de interlocutores presentes.
Apenas dois magistrados não compareceram ao chamado do chefe do Executivo: o ministro André Mendonça e a ministra Cármen Lúcia, que justificaram a ausência por estarem em viagem. O presidente foi acompanhado da primeira-dama, Janja Silva, e do advogado-geral da União, Jorge Messias.
Recém-aprovado para ocupar uma vaga na Corte a partir do ano que vem, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também compareceu. O futuro magistrado é hoje um dos principais elos entre o governo e o STF. Sua indicação à Corte, além de agradar Lula, foi avalizada pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Lula convidou os ministros com o objetivo de estreitar as relações com os membros da Corte. Barroso se disponibilizou a fazer a sua casa. Cada vez mais emparedado por deputados e senadores, o presidente depende dos magistrados para conter derrotas sofridas pelo governo no Congresso.
Está na mira do Planalto a atuação do STF para reverter a derrubada dos vetos de Lula ao marco temporal de terras indígenas e à desoneração da folha de pagamento. Os dois projetos encampados pelo Congresso, em enfrentamento aberto a Lula, atingem pontos centrais para o governo na busca por arrecadação, na área econômica, e proteção das comunidades tradicionais, nas áreas ambiental e social.
Antes do início do jantar, Barroso afirmou que o encontro foi pedido por Lula para realizar uma "conversa institucional". A reunião, porém, teve contornos de confraternização de final de ano com a presença de familiares dos ministros.
A maioria dos ministros foi acompanhada das esposas, como Alexandre de Moraes, que levou a companheira Viviane Barci. Luiz Fux, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Jorge Messias foram sem as esposas.
O presidente do STF estava acompanhado da filha, Luna Barroso. O magistrado recebeu Lula pessoalmente na porta de casa e o apresentou à filha. "O senhor conheceu a mãe dela", disse Barroso.
O buffet de entrada teve salgadinhos e canapés de queijo com tomate e requeijão na entrada. Alguns ministros do STF levaram garrafas de whisky de suas reservas pessoais.
Aproximação entre Lula e Nunes Marques
A presença de Kassio Nunes Marques no evento chancela a aproximação entre o ministro indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e o Palácio do Planalto. Lula fez diversos gestos recentemente ao magistrado, como indiciar o seu aliado João Carlos Mayer para a vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Durante a cerimônia de posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na última segunda-feira, 17, Lula conversou ao pé do ouvido com Kassio antes de deixar o evento. A mesma relação, em contrapartida, não foi construída com André Mendonça. O ministro, indicado no governo Bolsonaro, ainda é resistente à aproximação com o Planalto. O jantar era tido como uma oportunidade de Lula encurtar a distância com o magistrado.
Forte esquema de segurança
Barroso mobilizou um forte esquema de segurança para o jantar. Mais de 20 agentes, entre policiais e federais, protegeram a entrada da casa do ministro no Lago Sul, região nobre de Brasília.
Apenas dois magistrados não compareceram ao chamado do chefe do Executivo: o ministro André Mendonça e a ministra Cármen Lúcia, que justificaram a ausência por estarem em viagem. O presidente foi acompanhado da primeira-dama, Janja Silva, e do advogado-geral da União, Jorge Messias.
Recém-aprovado para ocupar uma vaga na Corte a partir do ano que vem, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também compareceu. O futuro magistrado é hoje um dos principais elos entre o governo e o STF. Sua indicação à Corte, além de agradar Lula, foi avalizada pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Lula convidou os ministros com o objetivo de estreitar as relações com os membros da Corte. Barroso se disponibilizou a fazer a sua casa. Cada vez mais emparedado por deputados e senadores, o presidente depende dos magistrados para conter derrotas sofridas pelo governo no Congresso.
Está na mira do Planalto a atuação do STF para reverter a derrubada dos vetos de Lula ao marco temporal de terras indígenas e à desoneração da folha de pagamento. Os dois projetos encampados pelo Congresso, em enfrentamento aberto a Lula, atingem pontos centrais para o governo na busca por arrecadação, na área econômica, e proteção das comunidades tradicionais, nas áreas ambiental e social.
Antes do início do jantar, Barroso afirmou que o encontro foi pedido por Lula para realizar uma "conversa institucional". A reunião, porém, teve contornos de confraternização de final de ano com a presença de familiares dos ministros.
A maioria dos ministros foi acompanhada das esposas, como Alexandre de Moraes, que levou a companheira Viviane Barci. Luiz Fux, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Jorge Messias foram sem as esposas.
O presidente do STF estava acompanhado da filha, Luna Barroso. O magistrado recebeu Lula pessoalmente na porta de casa e o apresentou à filha. "O senhor conheceu a mãe dela", disse Barroso.
O buffet de entrada teve salgadinhos e canapés de queijo com tomate e requeijão na entrada. Alguns ministros do STF levaram garrafas de whisky de suas reservas pessoais.
Aproximação entre Lula e Nunes Marques
A presença de Kassio Nunes Marques no evento chancela a aproximação entre o ministro indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e o Palácio do Planalto. Lula fez diversos gestos recentemente ao magistrado, como indiciar o seu aliado João Carlos Mayer para a vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Durante a cerimônia de posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na última segunda-feira, 17, Lula conversou ao pé do ouvido com Kassio antes de deixar o evento. A mesma relação, em contrapartida, não foi construída com André Mendonça. O ministro, indicado no governo Bolsonaro, ainda é resistente à aproximação com o Planalto. O jantar era tido como uma oportunidade de Lula encurtar a distância com o magistrado.
Forte esquema de segurança
Barroso mobilizou um forte esquema de segurança para o jantar. Mais de 20 agentes, entre policiais e federais, protegeram a entrada da casa do ministro no Lago Sul, região nobre de Brasília.
Viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal e da Polícia Judicial do STF foram posicionadas na entrada da rua para monitorar o entra e sai de convidados, moradores e transeuntes.
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