Leonardo e Luzia Tereza morreram após consumirem doces envenenados em 17 de dezembroReprodução
Publicado 27/12/2023 11:38 | Atualizado 27/12/2023 12:43
A chefe do laboratório de análises químicas e toxicológicas da Polícia Científica de Goiás, Mayara Cardoso, informou nesta quarta-feira, 27, que a substância oxido inorgânica, geralmente utilizada na indústria e cujo nome não foi revelado por questões de segurança, encontrada nos corpos de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86, é considera "extremamente tóxica" e que pequenas quantidades já seriam capazes de "causar danos irreversíveis ao organismo".
Na análise dos corpos das vítimas foram encontradas a substância tanto no sangue quanto no estômago e a polícia descartou qualquer possibilidade de morte natural. O uso de pesticidas e envenamento por ingestão líquida, considerada mais rápido para causar o efeito de intoxicação, foram apontados inicialmente, mas descartados durante a investigação. 
Ainda de acordo com a Polícia Científica, mãe e filho foram envenados ao consumirem dois potes de doce durante o café da manhã no dia 17 de dezembro, em Goiânia.
Eles estavam acompanhados de Amanda Partata, ex-nora de Leonardo. Segundo as investigações, a advogada teria decidido cometer o crime após o término do relacionamento com o filho da vítima. Ela está presa desde o dia 20 de dezembro, mas nega as acusações. 
Passaram mal após comerem doces
No dia 17 de novembro, Leonardo e Luzia Tereza começaram a passar mal após comerem doces encomendados da confeitaria Perdomo Doces, em Goiânia. Com sintomas de vômito, dores abdominais e diarreia, eles foram encaminhados ao Hospital Santa Bárbara e internados, mas não resistiram e faleceram no mesmo dia. 
Inicialmente acusada de envenamento nos produtos, a Perdomo recolheu os lotes do doce consumido nas mortes e deu acesso irrestrito a rede do estabelecimento a Polícia Civil de Goiás e ao Procon. No entanto, nenhum dos orgãos conseguiram averiguar qualquer irregularidade e descartaram a participação da confeitaria no crime.
As suspeitas recaíram sobre Amanda Partata, que chegou a ser internada junto a Leonardo e Luzia Tereza, mas foi liberada no mesmo dia. De acordo com o delegado Carlos Alfama, ela teria comprado diversos alimentos de café da manhã e levado para a casa das vítimas.
O objetivo seria se vingar do médico Leonardo Pereira Alves Filho, com quem teve um breve relacionamento de um mês e meio. Ele, inclusive, chegou a abrir um boletim de ocorrência após a ex-namorada perseguí-lo nas redes sociais com perfis falsos e utilizá-los para fazer ameçadas.
Em entrevista a TV Anhaguera, filiada da TV Globo, após prestar depoimento a polícia junto a irmã e mãe na terça-feira, 26, Leonardo afimou que não sabia da visita da ex-namorada a casa do pai e que só foi informado disso ao chegar no hospital para acompanhar a internação dos parentes. 
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