Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajgarten,Marcos Corrêa/PR
Publicado 10/01/2024 10:21
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, criticou nesta terça-feira, 9, a saída de Marta Suplicy da secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo para ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), concorrente direto do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) nas eleições municipais.
Em suas redes sociais, Wajngarten chamou a atitude da ex-prefeita da capital paulista de "vergonhosa e vexatória". Wajngarten é assessor e advogado de Jair Bolsonaro, cujo partido apoia a pré-campanha de Ricardo Nunes (MDB).
"A política com traições é vergonhosa e vexatória. A política não perdoa traidores. Não vale tudo por 'negócios com o PT'. Voltamos a falar nesse tema em novembro", escreveu ele em seu perfil no X, antigo Twitter.
Na segunda-feira, 8, Marta Suplicy teve um encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na reunião, eles acertaram o retorno dela ao Partido dos Trabalhadores (PT) para ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. O anúncio oficial ainda não foi feito.
No dia seguinte, Marta entregou ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) sua carta de demissão da gestão municipal. No documento, ela cita mudanças na conjuntura política da cidade e diz que seguirá "caminhos coerentes" com sua "trajetória, valores e princípios"
Procurada, a Prefeitura afirmou que "Nunes chamou nesta terça-feira, dia 9, Marta Suplicy na sede da Prefeitura para esclarecer as informações veiculadas pela imprensa. Ficou decidido, em comum acordo, que ela deixa as suas funções na Secretaria Municipal de Relações Internacionais".
Mais cedo, na terça, nas redes sociais, o ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), afirmou que a ex-senadora aceitou o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para formar uma chapa com Boulos. Fora do PT desde abril de 2015, Marta foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004 Além disso, foi deputada federal e ocupou ministérios nas gestões petistas de Lula e Dilma Rousseff.
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