Publicado 27/01/2024 17:41
Rio – A tragédia de Brumadinho completou cinco anos na quinta-feira passada (25). Até hoje, os bombeiros seguem as buscas por três desaparecidos no Córrego do Feijão - no total 272 pessoas morreram no maior desastre ambiental da história do Brasil. Nos primeiros dias após o incidente, o país teve a ajuda de tropas militares de Israel, que além do efetivo, trouxeram equipamentos para auxiliar nas procuras.
No dia seguinte ao rompimento da barragem, em 26 de janeiro de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro anunciou que Israel enviaria militares para ajudar o Brasil nas operações, fato também comentado pelo primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu em sua conta no X (antigo Twitter).
Ao todo, 136 militares israelenses vieram ao Brasil. Eles chegaram na noite do dia 27 de janeiro de 2019, trazendo 16 toneladas de equipamentos, e ajudaram nas buscas durante quatro dias. Na equipe, havia médicos, bombeiros especialistas em resgate, engenheiros e unidades de missões submarinas da Marinha. Eles atuaram junto com os bombeiros brasileiros na área que ficava o refeitório da Vale, segundo afirmou, na época, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, o tenente Pedro Aihara.
As equipes israelenses utilizaram equipamentos para rastreamento de sinais de celular, que eram emitidos caso houvesse bateria nos aparelhos das pessoas desaparecidas. Sonares capazes de distinguir lama de outras substâncias também foram usados para encontrar vítimas. O balanço oficial é que as tropas de Israel ajudaram a achar 35 corpos.
Relembre o caso
Em 25 de janeiro de 2019, às 12h28, a barragem da mineradora Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, ( MG), se rompeu. A enxurrada de lama destruiu parte da comunidade da Vila Ferteco, uma parte administrativa da Vale, onde estava o refeitório dos funcionários, lotado no almoço, e a pousada Nova Estância.
As buscas dos Corpo de Bombeiros de Minas Gerais continuam. A operação é ininterrupta e não tem data para terminar. As empresas Vale e Tüv Süd foram denunciadas pelo rompimento por homicídio qualificado e crimes contra a fauna, flora e poluição. Ninguém foi condenado até agora.
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