Polícia investiga outros suspeitos pelo crimeDivulgação
Publicado 02/02/2024 10:40 | Atualizado 02/02/2024 15:09
Três homens foram presos, nesta quinta-feira (1º), suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de dados de autoridades, entre elas o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Dois deles são pai e filho, de Campinas, no interior de São Paulo, e um de Caruaru, no interior de Pernambuco. As informações foram apuradas pelo canal 'GloboNews'.
Os investigados tinham mandado de prisão expedido. A Justiça determinou também o bloqueio de até R$ 4 milhões das contas bancárias destas pessoas. As prisões fazem parte da Operação I-Fraude, que visa interromper um o esquema de venda de informações. Suspeitos de vários estados são alvos na investigação.
De acordo com a Polícia Federal, o Juízo da 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão para cumprimento em cinco estados diferentes.

Deste total, três estão sendo cumpridos em São Paulo, um em Pernambuco, dois em Rondônia, quatro em Minas Gerais e um em Alagoas. Também estão sendo cumpridos, simultaneamente, sete mandados de medidas cautelares diversas da prisão contra os investigados.
Os indícios apurados indicam que dados de inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas estavam disponíveis para consulta.
O esquema
O painel de consulta era oferecido, principalmente, através de plataformas de redes sociais. Existiam diversos “planos” de mensalidades, de acordo com o número de consultas realizadas. Tal painel contava com aproximadamente dez mil “assinantes” com uma média de dez milhões de consultas mensais.

Dentre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Com relação a estes últimos, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar, para comprovação de identidade, foto de sua carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados.
 As penas para o crime podem chegar a 23 anos de reclusão.
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