Agência Brasileira de Inteligência (Abin)Reprodução/Agência Brasil
Publicado 02/02/2024 20:42 | Atualizado 02/02/2024 21:12
Brasília - A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela monitorou aliados e opositores do presidente Jair Bolsonaro. Entre as autoridades que teriam sido vigiadas estão nomes como os ex-ministros de Bolsonaro, Abraham Weintraub e Anderson Torres, além de opositores, como Rodrigo Maia e Renan Calheiros, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações foram reveladas pelo jornalista Tulio Amancio, da Band.
Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o monitoramento era comandado por Alexandre Ramagem, delegado da PF, e comandado por Carlos Bolsonaro. Os dois negam as acusações e ainda não prestaram depoimento. 
Confira a lista de monitorados:
- Abraham Weintraub;
- Anderson Torres;
- Flávia Arruda;
- General Carlos Alberto dos Santos Cruz;
- Kim Kataguiri;
- Alexandre Frota;
- Rodrigo Maia;
- Otto Alencar;
- Soraya Thronicke;
- Renan Calheiros;
- Rogério Carvalho;
- Omar Aziz;
- Humberto Costa;
- Randolfe Rodrigues;
- Simone Tebet;
- Alessandro Vieira;
- Roberto Barroso;
- Gilmar Mendes;
- Alexandre de Moraes;
- Joao Dória;
- Camilo Santana;
Relembre o caso
Uma primeira operação policial em outubro resultou na prisão de dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), suspeitos de terem utilizado ilegalmente o software espião israelense FirstMile, que permite rastrear a geolocalização de celulares, durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).

No dia 25 de janeiro, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão contra o ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem, homem de confiança do ex-presidente.

Na última segunda-feira, 29, os agentes revistaram uma casa de praia em Angra dos Reis, onde estava a família Bolsonaro, assim como a casa e o escritório de seu filho Carlos, vereador do Rio.

O nome de Carlos Bolsonaro já havia sido citado em 2020, quando um ex-ministro do gabinete de seu pai, Gustavo Bebianno, disse em entrevista que o vereador havia sugerido o surgimento de uma Abin "paralela", em entrevista ao programa "Roda Viva". Bebianno morreu pouco depois de infarto.

Em outras investigações, Carlos Bolsonaro é suspeito de ter coordenado um "gabinete do ódio" sob a presidência do pai, uma "milícia digital" contra opositores nas redes sociais e de divulgar informações falsas.
 
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