Publicado 21/02/2024 09:08
O economista Affonso Celso Pastore morreu nesta quarta-feira, 21, aos 84 anos, em São Paulo. Ele havia sido internado para uma cirurgia no sábado, 17, passou o fim de semana na UTI, mas não resistiu.
Graduado e com doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), Pastore era um dos economistas mais renomados do país. Entrou para a vida pública em 1966, como assessor de Antônio Delfim Neto, então secretário da Fazenda do Estado de São Paulo. No ano seguinte, com Delfim nomeado ministro da Fazenda, Pastore passou a integrar a equipe de assessores.
Entre 1983 e 1985, foi presidente do Banco Central, no governo do ex-presidente João Figueiredo, último período da ditadura militar. O economista teve participação ativa nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa brasileira.
Entre 1983 e 1985, foi presidente do Banco Central, no governo do ex-presidente João Figueiredo, último período da ditadura militar. O economista teve participação ativa nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa brasileira.
Filho de Francisco Pastore e de Aparecida Pastore, Affonso Celso Pastore nasceu em 19 de junho de 1939 na capital paulista. Após sua passagem pela vida pública, fundou em 1993 a consultoria A. C. Pastore & Associados, especializada em análises da economia brasileira e internacional, escritório no qual também trabalha sua esposa, Maria Cristina Pinotti.
Pastore voltou à cena política em 2021 para assessorar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, então pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos. Em março do ano seguinte, no entanto, Moro desistiu da disputa.
Pastore também foi autor de dezenas de livros, escritos em parcerias com outros economistas e sozinho. Um deles foi Erros do Passado, Soluções para o Futuro, em que analisa os erros de política econômica cometidos a partir dos anos 1960.
Em 2020, Pastore recebeu uma homenagem num livro com nove artigos e uma entrevista inédita, em que mostra seu percurso intelectual e seu legado. A obra tem textos de Antonio Delfim Netto, Arminio Fraga Neto, Celso Lafer, Edmar Bacha, Ilan Goldfajn, José Júlio Senna, Marcos Lisboa, Mário Magalhães Mesquita e Samuel Pessôa.
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