Publicado 06/03/2024 12:11
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 6, ter ficado feliz com a notícia de que foram marcadas as eleições presidenciais na Venezuela, no dia 28 de julho, após negociação entre o governo e a oposição. A data celebra também o aniversário de Hugo Chávez, ex-presidente do país e que faleceu em 2013.
Questionado se é possível ter uma eleição justa diante das conjunturas políticas no país vizinho, Lula ironizou a tentativa de golpe por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que, "se o candidato da oposição (na Venezuela) tiver o mesmo comportamento do nosso aqui nada vale".
O presidente também afirmou que, durante a reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), foi informado que a Venezuela convidará todos os poderes do mundo para acompanhar o processo eleitoral.
Apesar de a autoridade eleitoral da Venezuela ter informado nesta terça-feira, 5, que as eleições presidenciais ocorrerão em 28 de julho, não houve menção às candidaturas opositoras mais competitivas que foram inabilitadas, especialmente de María Corina Machado. Espera-se que o ditador Nicolás Maduro busque uma reeleição para um novo período de seis anos, embora ainda não tenha formalizado a sua candidatura.
Segundo o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, Elvis Amoroso, o período para postulação de candidaturas será de 21 a 25 de março. Já o período de campanha está previsto para ocorrer de 4 a 25 de julho, acrescentou. O cronograma inclui um período especial para o registro de eleitores, tanto dentro quanto fora do país, que ocorrerá de 18 de março a 16 de abril.
As datas foram definidas três dias depois de os legisladores venezuelanos terem proposto mais de 20 datas possíveis, desde meados de abril até dezembro. O anúncio também foi feito em um dia simbólico: ontem completaram 11 anos que Chávez morreu em decorrência de um câncer.
A ex-deputada María Corina Machado ganhou as primárias da principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária, mas o Tribunal Superior de Justiça do país ratificou em 26 de janeiro a inabilitação política da candidata. Ela, porém, insiste em se lançar na corrida.
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