Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo PimentaRafa Neddermeyer/Agência Brasil
Publicado 15/03/2024 15:40
Brasília - O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que, caso a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro for comprovada no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, que o ex-chefe do Executivo possa responder pelos atos. Pimenta, contudo, disse que ainda não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema e que não há uma opinião de governo.
"Naturalmente que todos nós estamos acompanhando. Eu, como cidadão, li a matéria e fiquei estarrecido com a gravidade das informações", disse o ministro, em coletiva de imprensa após anúncio do governo federal ao Estado do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 15. "Espero que o Poder Judiciário possa concluir o mais rapidamente esse inquérito, que o Bolsonaro e os familiares dele possam ter amplo direito de defesa e que a Justiça tome uma decisão."
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo dos depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) no âmbito de inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro e auxiliares. A decisão considerou as "inúmeras publicações jornalísticas com informações incompletas sobre os depoimentos".
Entre os depoimentos publicizados estão o do próprio Bolsonaro, que optou por ficar calado, de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil; de Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes; de Carlos De Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica; do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro
"Identificando os indícios de crime, se forem devidamente comprovados, que ele possa responder por esses crimes. Mas não é um tema do governo, não conversei com o presidente Lula sobre isso. É um tema dos partidos, é um tema da sociedade", disse o ministro.
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