Chiquinho Brazão Zeca Ribeiro/Agência Câmara
Publicado 10/04/2024 15:47 | Atualizado 10/04/2024 18:58
Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Deputados manteve, nesta quarta-feira (10), a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O placar foi de 39 votos a favor, 25 contrários e uma abstenção.
A decisão ainda vai ser levada ao plenário. Uma vez no plenário, a resolução será submetida à votação aberta e a decisão deve ter maioria absoluta de votos, ou seja, mais da metade do colegiado (pelo menos 257 votos dos 513). O PL, o União Brasil e a oposição orientaram pela soltura do deputado. O PP, o Republicanos e o Podemos liberaram suas bancadas. Foram favoráveis à manutenção da prisão PSOL, PT, MDB, PDT, PSB e PSD e o governo.
Nas redes sociais, a deputada Érika Hilton (Psol-SP) comentou o caso. "Agora a luta é no plenário! Acabamos de aprovar na CCJ o relatório pra que Chiquinho Brazão, acusado de encomendar o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, continue preso! O placar, de 39 a 25 mostra a dificuldade. A base bolsonarista quer soltá-lo com base em uma ginástica retórica pra esconder suas verdadeiras intenções: que um assassino miliciano seja solto. Agora o tema vai ao Plenário da Câmara", escreveu. 
O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) também falou sobre o assunto em suas redes. "Vitória! Mesmo com deputados bolsonaristas querendo soltar Chiquinho Brazão a qualquer custo, a CCJ da Câmara votou pela manutenção da prisão. O caso agora vai a plenário. Com milícia não tem jogo!", disse.
A análise sobre a manutenção da prisão iniciou dia 26, mas a decisão da CCJ foi adiada em duas semanas em razão de um pedido de vista coletivo de três deputados: Fausto Pinato (PP-SP), Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC).
Brazão está detido em um presídio federal em Campo Grande (MS), para onde foi transferido após ficar preso na Papuda, em Brasília. O parlamentar está preso preventivamente desde o dia 24 de março por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) após ser apontado como suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio, Marielle Franco, e seu motorista, Anderson Gomes. O crime ocorreu em março de 2018.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicidade
Leia mais