Publicado 16/04/2024 12:34 | Atualizado 16/04/2024 12:39
Três vereadores do interior de São Paulo foram presos nesta terça-feira, 16, em uma operação do Ministério Público do estado para desarticular um grupo criminoso associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), investigado por fraudes em licitações. Os parlamentares presos são Ricardo Queixão (PSD-Cubatão), Flávio Batista de Souza (Podemos-Ferraz de Vasconcelos) e Luiz Carlos Alves Dias (MDB-Santa Isabel).
Além dos parlamentares, outras 11 pessoas foram presas, suspeitas de fraudar licitações públicas em várias cidades do estado. Entre os alvos estão empresários e agentes públicos de prefeituras e câmaras municipais.
De acordo com os investigadores, as empresas alvos atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada em diversas prefeituras e Câmaras Municipais do estado.
Os contratos firmados somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos e a facção criminosa PCC tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e na divisão dos valores obtidos ilicitamente.
Vereadores presos
O primeiro parlamentar preso é Flávio Batista de Souza (Podemos). Ele é vereador na cidade de Ferraz de Vasconcelos, onde está no seu terceiro mandato na Câmara Municipal. Ele chegou a ser presidente da Casa entre 2021 e 2022. Foi eleito em 2020 com 1.843 votos.
O outro vereador preso é Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel. Empresário do ramo imobiliário, Luis Carlos foi presidente da Câmara de Vereadores em dois períodos: entre 2013 e 2014, e entre 2019 e 2023.
Ele, aliás, faz parte do Conselho de Ética e Disciplina Parlamentar da Casa. Na eleição de 2020 teve 539 votos.
O terceiro vereador preso é Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão. A chegada dele ao Legislativo municipal aconteceu em 2012. Ligado à Escola de Samba da Vila dos Pescadores, ele recebeu 1.031 votos nas eleições de 2020.
As defesas dos presos ainda não se manifestaram sobre as prisões de hoje, assim como a Câmara de Ferraz de Vasconcelos. Já as Câmaras de Cubatão e Santa Isabel disseram que estão colaborando com as investigações.
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