Publicado 15/05/2024 13:42
Um levantamento prévio realizado pela prefeitura aponta a destruição de aproximadamente mil casas pela enchente que atingiu a cidade de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, no início deste mês. De acordo com o secretário de Obras, Paulo Nascimento, metade da cidade foi praticamente arrasada. "Estamos juntando os cacos para nos reerguermos mais uma vez", disse. Dos 12 mil habitantes, 5,2 mil ainda estão desabrigados ou desalojados, segundo a prefeitura. Nove pessoas morreram e outras nove estão desaparecidas.
A enchente no Rio Taquari atingiu 33 metros, superando em quatro metros o recorde de um série histórica de 150 anos, segundo a MetSul, agência de informações meteorológicas do Rio Grande do Sul. A forte correnteza levou tudo o que estava numa faixa de até 150 metros do rio: casas, árvores, postes, veículos, animais e gente. "De muitas casas, não sobrou um único tijolo. Até o piso e o alicerce foram tirados pela força da água", disse Nascimento.
A Metsul comparou as imagens aéreas da destruição ao cenário causado por um furacão de categoria 5, a escala máxima desses fenômenos, com ventos de 300 a 400 km/h.
Na segunda-feira, 13, uma nova enchente, com quase 28 metros, voltou a atingir a área destruída. Algumas escolas que tinham voltado a funcionar suspenderam as aulas. A prefeitura contabiliza quatro escolas destruídas pela enchente. Outras duas tiveram danos parciais. Para sair do foco da tragédia, cerca de 800 alunos estão tendo atividades em abrigos e outros espaços.
Uma comitiva de Pomerode, cidade de Santa Catarina que "adotou" Cruzeiro do Sul e vai ajudar na reconstrução da cidade-irmã, visitou as áreas atingidas na segunda-feira. "É uma situação dramática e inacreditável. Metade da cidade foi atingida e será preciso reconstruir cerca de mil casas. O pessoal está desolado e desmotivado. Pomerode acabou levando um pouco de esperança para eles", disse o prefeito da cidade catarinense, Ércio Kriek (DEM).
O prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius (MDB) contou que vai adquirir ou desapropriar uma área para que os moradores que perderam as casas e tiverem condições iniciem rapidamente a nova construção.
"Nossa preocupação é agir rápido para que aquelas pessoas tenham algum consolo e alguma esperança", disse. Ele reafirmou que a prefeitura não permitirá que a população volte a construir em regiões de risco para novas inundações do Taquari. "Temos de evitar a qualquer custo uma nova devastação", disse. A nova área fica na Linha Primavera, em local alto e mais distante do rio.
PublicidadeA enchente no Rio Taquari atingiu 33 metros, superando em quatro metros o recorde de um série histórica de 150 anos, segundo a MetSul, agência de informações meteorológicas do Rio Grande do Sul. A forte correnteza levou tudo o que estava numa faixa de até 150 metros do rio: casas, árvores, postes, veículos, animais e gente. "De muitas casas, não sobrou um único tijolo. Até o piso e o alicerce foram tirados pela força da água", disse Nascimento.
A Metsul comparou as imagens aéreas da destruição ao cenário causado por um furacão de categoria 5, a escala máxima desses fenômenos, com ventos de 300 a 400 km/h.
Na segunda-feira, 13, uma nova enchente, com quase 28 metros, voltou a atingir a área destruída. Algumas escolas que tinham voltado a funcionar suspenderam as aulas. A prefeitura contabiliza quatro escolas destruídas pela enchente. Outras duas tiveram danos parciais. Para sair do foco da tragédia, cerca de 800 alunos estão tendo atividades em abrigos e outros espaços.
Uma comitiva de Pomerode, cidade de Santa Catarina que "adotou" Cruzeiro do Sul e vai ajudar na reconstrução da cidade-irmã, visitou as áreas atingidas na segunda-feira. "É uma situação dramática e inacreditável. Metade da cidade foi atingida e será preciso reconstruir cerca de mil casas. O pessoal está desolado e desmotivado. Pomerode acabou levando um pouco de esperança para eles", disse o prefeito da cidade catarinense, Ércio Kriek (DEM).
O prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius (MDB) contou que vai adquirir ou desapropriar uma área para que os moradores que perderam as casas e tiverem condições iniciem rapidamente a nova construção.
"Nossa preocupação é agir rápido para que aquelas pessoas tenham algum consolo e alguma esperança", disse. Ele reafirmou que a prefeitura não permitirá que a população volte a construir em regiões de risco para novas inundações do Taquari. "Temos de evitar a qualquer custo uma nova devastação", disse. A nova área fica na Linha Primavera, em local alto e mais distante do rio.
Boletim
O número de desaparecidos devido aos temporais que devastaram o Rio Grande do Sul caiu de 112 para 108, segundo o novo balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quarta-feira (15). Já o número de mortos permanece em 149, e feridos em 806.
Os dados ainda mostram que mais de 538,2 mil pessoas estão desalojadas e mais de 76,5 mil estão em abrigos públicos, com necessidades de itens como colchões, cobertores e roupa de cama e banho. Ao todo, pelo menos 449 cidades foram afetadas e mais de 2 milhões de pessoas sofrem com as inundações.
Doações
Diante da situação de calamidade pública enfrentada no Estado, o governo gaúcho reativou o canal de doações para a conta "SOS Rio Grande do Sul" para receber doações via Pix que serão revertidas a donativos para as vítimas.
O Governo do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil divulgaram duas maneiras de receber as doações:
O Governo do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil divulgaram duas maneiras de receber as doações:
- Centro Logístico da Defesa Civil Estadual
- Endereço: avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre
- Telefone: (51) 3210 4255
- Endereço: avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre
- Telefone: (51) 3210 4255
Pix para a conta SOS Rio Grande do Sul
- Chave - CNPJ: 92.958.800/0001-38
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Atenção: quando realizar a operação, é necessário confirmar que o nome da conta que aparece é "SOS Rio Grande do Sul" e que o banco é o Banrisul.
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