Publicado 17/05/2024 15:54
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou, nesta quarta-feira, 15, a atuação da ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck. Segundo o petista, não sabe como a ministra não foi vaiada por não ter conseguido "resolver o problema do acordo dos professores". A declaração de Lula foi durante evento realizado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
PublicidadeA fala de Lula diz respeito às paralisações feitas pelos professores e servidores técnico-administrativos de universidades públicas brasileiras que reivindicam reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao legislativo e judiciário, ainda em 2024.
"Eu não sei como a gente está numa faculdade e você não tomou uma vaia aqui, porque não conseguiu resolver o problema do acordo dos professores", disse Lula, em tom de brincadeira, à ministra que "negocia as greves". Amenizando a situação, o presidente completou que Esther é "uma mulher extraordinária" e "fantasticamente competente".
A declaração do presidente ocorreu em evento voltado ao anúncio de medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul e auxílio às famílias atingidas pelas enchentes que já afetaram mais de 2,1 milhões de gaúchos. Durante o discurso, Lula também afirmou que não sabia que existiam tantas pessoas negras no Estado e ainda fez menção à divergência de liberação de recursos entre o governo federal e o governo estadual, sob gestão de Eduardo Leite (PSDB).
Sobre a greve nas universidades e institutos federais, o chefe do Executivo já havia dito, em entrevista concedida no dia 7 de maio, que a situação não lhe "encanta" e, assim como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), Esther também queria "negociar o mais rápido possível".
Ainda na quarta-feira, 15, o governo apresentou uma nova proposta de reajuste salarial aos servidores públicos que pode chegar a 31% até 2026. No entanto, caso os valores sejam aceitos, eles passam a ser pagos apenas a partir do ano que vem. A proposta foi detalhada pelo secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo, em reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).
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