Publicado 22/05/2024 20:52
A L&PM Editores, com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi atingida pelas enchentes que inundaram o estado nas últimas semanas. A editora estava inoperante, impossibilitada de entrar em seu escritório e depósito - onde a água chegou a subir cerca de dois metros.
PublicidadeNesta quarta-feira, 22, a L&PM publicou uma atualização no Instagram e mostrou como ficaram os livros.
"Após semanas de espera e apreensão, finalmente conseguimos entrar no estoque da editora pela primeira vez desde as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. A jornada foi árdua, e encontramos muitos livros danificados pela água. No entanto, também encontramos caixas intactas em um andar mais alto, que serão salvas", diz a publicação. Dos 900 mil livros guardados no local, entre os quais os títulos de sua conhecida coleção de bolso, cerca de 10.000 livros foram danificados.
As perdas em volume foram menores do que era esperado pela editora, mas móveis e equipamentos foram danificados, tanto no estoque quanto na sede da L&PM. "Pretendemos voltar a operar em uma semana ou quando restabelecerem a energia elétrica no 4º Distrito", afirmam.
A equipe agradeceu o apoio de leitores, parceiros, livrarias, imprensa e amigos, e diz que o foco agora está na limpeza do espaço e recuperação do que restou. Confira a publicação, com foto que mostra como ficaram os livros aqui.
A livraria Megafauna, localizada em São Paulo, divulgou em seu Instagram uma iniciativa em ajuda à L&PM: Até o final de maio, o valor arrecadado com as vendas dos livros da editora gaúcha na loja será integralmente revertido para eles.
A ação faz parte de um movimento maior que se espalhou pelo mercado editorial brasileiro em busca de apoiar editoras e livrarias gaúchas. No centro histórico de Porto Alegre, por exemplo, a Livraria Taverna também foi vítima das enchentes.
Na sexta-feira, 10 de maio, a L&PM havia divulgado um comunicado em suas redes sociais informando que sede e depósito se encontravam alagados, e que aguardavam que as águas baixassem para voltar às atividades.
Conforme apurou o Estadão, eram cerca de dois metros de água dentro do depósito. "Não conseguimos entregar nem vender livros porque o único acesso ao depósito é de barco", disse o diretor Ivan Pinheiro Machado.
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