Publicado 26/06/2024 11:35 | Atualizado 26/06/2024 11:57
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (26), em entrevista ao UOL, defender a "presunção de inocência" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas afirmou que o seu antecessor "tentou dar o golpe".
"O que eu defendo para ele eu defendo para mim: que ele tenha direito à presunção de inocência, que ele tenha direito de se defender e que ele seja ouvido. É só isso o que eu defendo", declarou Lula. "Não quero que ele seja condenado ou que ele seja inocentado, eu quero que ele seja julgado corretamente."
Lula, no entanto, acrescentou: "que ele tentou dar o golpe, tentou. Isso é visível". O presidente também criticou o recebimento de joias por Bolsonaro. "Presidente da República não ganha joia, presidente da República ganha presente", disse.
Lula afirmou querer que o veredicto "seja em função do crime do tamanho que ele cometeu" e que não deseja o mal a nenhum adversário.
Publicidade"O que eu defendo para ele eu defendo para mim: que ele tenha direito à presunção de inocência, que ele tenha direito de se defender e que ele seja ouvido. É só isso o que eu defendo", declarou Lula. "Não quero que ele seja condenado ou que ele seja inocentado, eu quero que ele seja julgado corretamente."
Lula, no entanto, acrescentou: "que ele tentou dar o golpe, tentou. Isso é visível". O presidente também criticou o recebimento de joias por Bolsonaro. "Presidente da República não ganha joia, presidente da República ganha presente", disse.
Lula afirmou querer que o veredicto "seja em função do crime do tamanho que ele cometeu" e que não deseja o mal a nenhum adversário.
Investigação
O inquérito que apura tentativa de golpe foi aberto a partir de informações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou um acordo de colaboração premiada.
Até o momento, há dois indícios que implicam Bolsonaro. O primeiro é um áudio enviado por Cid que sugere que o ex-presidente ajudou a redigir e editar uma minuta de golpe. O segundo é o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que atribui a Bolsonaro a articulação de reuniões com comandantes das Forças Armadas para discutir "hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral".
O ex-presidente foi intimado a depor, mas ficou em silêncio. A PF marcou audiências simultâneas, para evitar a combinação de versões e pegar eventuais contradições nas respostas dos investigados. Quando a força-tarefa de delegados ficou frente a frente com os suspeitos de tramar o golpe, 15 deles decidiram ficar calados.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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