Publicado 01/07/2024 13:17 | Atualizado 01/07/2024 13:24
A Polícia Militar de São Paulo prendeu no sábado, 29, Leonardo Vinci Alves de Lima, conhecido como Batata, apontado como um dos líderes do crime organizado no Estado. O traficante condenado passou quatro anos preso, mas foi colocado em liberdade no ano passado, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
PublicidadeA prisão foi efetuada por uma equipe das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) em Mongaguá, no litoral paulista, durante uma confraternização familiar. Junto do procurado, os policiais encontraram dinheiro em espécie e um documento de identidade falsificado.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Batata ocupa função de liderança na organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo responsável por coordenar o tráfico de drogas na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.
Em 2020, Batata foi condenado pela Justiça a 10 anos de prisão por tráfico de drogas, depois de ser flagrado com 2 kg de cocaína por policiais militares na Vila Andrade, zona sul da capital paulista, no ano anterior. Em junho de 2023, porém, a condenação foi anulada pelo ministro Sebastião Reis Júnior, do STJ, que considerou as provas irregulares.
No entendimento do ministro, a busca pessoal feita pelos policiais que o prenderam foi motivada unicamente pelo nervosismo do suspeito durante a abordagem. Por esse motivo, acabou anulando as provas e mandou soltar o suposto líder do PCC, que cumpria pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior.
Posteriormente, a Sexta Turma do STJ decidiu restabelecer a condenação, e Batata passou a ser considerado foragido.
Ele deve ser encaminhado a alguma penitenciária de segurança máxima para cumprir pena. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi procurada, mas não informou se a unidade já foi definida.
O criminoso é um dos 175 acusados no maior processo da história contra o PCC, aberto em 2013 após denúncia do Ministério Público Estadual. Na época, interceptações telefônicas identificaram que Batata atuava como intermediário entre a cúpula da facção e demais chefes em prisões e nas ruas.
Procurada, a defesa de Lima disse que ele é inocente e que a prisão ocorreu fora do horário permitido. O advogado Pedro Andrey Campos Rodrigues também afirma que o documento falso não foi utilizado, e que o suspeito não pode ser responsabilizado penalmente por isso.
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