Publicado 08/07/2024 14:50
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) lamentou a inclusão da substituição tributária - quando uma empresa paga pelo restante da cadeia produtiva - no projeto de reforma tributária. O presidente da entidade, Flávio Roscoe, argumenta que a medida "abre margens para futuras alterações da lei complementar", o que possibilita uma "generalização da substituição tributária no IBS", assim como ocorreu com o ICMS, deturpando o tributo.
PublicidadePor outro lado, de acordo com a Fiemg, foram contemplados no projeto algumas sugestões feitas pela instituição. Uma delas é a "garantia de que o crédito só será vinculado ao pagamento caso o split payment esteja em funcionamento". O mecanismo separa os tributos já no momento do pagamento no banco.
"É um sistema que vai permitir que o comprador da mercadoria já possa pagar diretamente o tributo, e, dessa maneira, tenha segurança jurídica. Portanto, a obrigatoriedade só entrará em vigor a partir desse momento", afirma Roscoe. Para a defesa dessa medida, a entidade argumentou, em audiência pública sobre IBS/CBS, que o ônus de fiscalizar os impostos deve ser do Fisco, e não do contribuinte.
Outros pleitos do setor produtivo levados em consideração para a reforma tributária foram "a redução do prazo para ressarcimento de créditos acumulados de 60 para 30 dias, como regra geral, e a retirada de caminhões do imposto seletivo". As inclusões são vistas pelo presidente da Fiemg como uma "vitória do setor industrial", pois são "essenciais na logística brasileira".
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.