Jucelândio José do Nascimento celebrando missaReprodução/redes sociais
Publicado 09/07/2024 07:56 | Atualizado 09/07/2024 07:57
Um padre foi preso na madrugada desta segunda-feira, 8, após oferecer R$ 2 mil para ter relações sexuais com um adolescente, de 16 anos, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Em nota, a Arquidiocese afirma apurar o caso internamente. 
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De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência, o pai da vítima descobriu o crime após o filho sair de casa escondido para ir à casa do sacerdote Jucelândio José do Nascimento, de 41 anos. À polícia, o jovem disse que ligou para o pai após o padre passar as mãos em suas partes íntimas.
Assim que recebeu a ligação, o homem acionou a Polícia Militar (PM), que foi até a casa do religioso. No local, os agentes encontraram o adolescente e o padre.
Em depoimento, Jucelândio José disse que o jovem tinha ido à residência dele para tratar de um acampamento. Já o adolescente, afirmou ter ido ao local após o padre oferecer R$ 2 mil para ter relação sexual com ele.
Os agentes tiveram acesso aos prints de conversas em aplicativo de mensagens que provam que o sacerdote ofereceu dinheiro para ter relações com o jovem.
O caso foi registrado como "importunação sexual" na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol e é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).
O padre Jucelândio José do Nascimento também vai ser alvo de investigação dentro da igreja católica. Em nota, a Arquidiocese de Campo Grande informou que o caso está com o Tribunal Eclesiástico e com a Comissão de Proteção de Vulneráveis da Província Eclesiástica da capital.
A Arquidiocese disse ainda que o sacerdote foi afastado das funções ministeriais. Além disso, um novo pároco será nomeado para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, que era administrada pelo suspeito preso.
"Em cumprimento às normativas do Direito Canônico, bem como às promulgadas pelo Papa Francisco e pela Sé Apostólica sobre a proteção de vulneráveis, determinei o afastamento e cautelam do referido sacerdote de suas funções ministeriais, para que a autoridade policial, o Tribunal Eclesiástico e a Comissão de Proteção de Vulneráveis da Província Eclesiástica de Campo Grande conduzam com diligência as devidas investigações acerca dos fatos denunciados", diz um trecho da nota.
"Durante este período de afastamento e no aguardo dos resultados das investigações, será nomeado um Administrador Paroquial para a já mencionada Paróquia", conclui.
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