Publicado 11/07/2024 19:57
O think tank Centro de Liderança Pública (CLP) criticou desoneração das carnes e a retirada das armas do Imposto Seletivo na reforma tributária.
PublicidadeNo caso da proteína animal, a entidade argumentou que, apesar de a carne e o frango estarem mais presentes nas compras domésticas das classes mais baixas, a camada dos 25% mais ricos consome mais "fora de casa".
"Carnes, especialmente cortes mais caros e produtos de maior valor agregado, são frequentemente consumidos em maior proporção por indivíduos de classes socioeconômicas mais altas", escreveu a CLP em nota técnica. Nesse caso, a desoneração das proteínas animais favoreceria mais os ricos, por conta do predomínio de consumo não direto.
A CLP defende que isentar só o frango "teria potencialmente um efeito mais equalizador", por ser um item de maior consumo nas classes mais baixas.
Já a retirada das armas de fogo do Imposto Seletivo, para o think tank, contribui com o aumento da violência, pela facilitação do acesso a esses produtos.
"A isenção de armas de fogo do Imposto Seletivo parece contradizer não só a vasta literatura científica que liga maior acessibilidade de armas a taxas elevadas de violência, mas também ignora as experiências nacionais anteriores que demonstraram benefícios de políticas de controle de armas", criticou a CLP.
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