Publicado 12/07/2024 21:00 | Atualizado 12/07/2024 21:01
O Rio Grande do Sul confirmou 25 mortes por leptospirose, pouco mais de dois meses após as enchentes históricas que arrasaram a região. Segundo a Secretaria da Saúde estadual, apenas um dos óbitos não está relacionado aos alagamentos.
PublicidadeOs casos fatais foram registrados em 20 cidades entre o dia 26 de abril e a tarde desta sexta-feira: Estrela (1), Capela de Santana (1), Rio Grande (1), Pelotas (1), Venâncio Aires (1), Três Coroas (1), Travesseiro (1), Sapucaia do Sul (1), Igrejinha (1), Guaíba (1), Encantado (1), Charqueadas (1), Cachoeirinha (1), Alecrim (1), Canoas (1), Viamão (1), São Leopoldo (1), Alvorada (2), Novo Hamburgo (2) e Porto Alegre (4).
Outros seis óbitos em São Jerônimo (1), Esteio (1), Pelotas (2), Viamão (1) e São Leopoldo (1) permanecem em investigação.
De acordo com a secretaria, foram notificados 6.877 casos de leptospirose no Estado. Desses, 607 (8,8%) foram confirmados, 2 705 (39,3%) foram descartados e 3.559 (51,8%) continuam em investigação.
A doença e medidas de proteção
A leptospirose é uma doença infecciosa provocada por bactérias do gênero Leptospira e geralmente é adquirida por meio do contato com água ou solo contaminados pela urina de animais infectados, principalmente ratos. Por essa razão, as enchentes são reconhecidas como ambientes propícios para a disseminação da doença.
Pessoas que estiveram em áreas de alagamento e apresentam sintomas compatíveis com a doença, como febre, falta de apetite, dor muscular (principalmente na panturrilha), dor de cabeça e vômitos, devem procurar atendimento e reportar o contato com água das enchentes.
É importante ressaltar que a automedicação não é indicada. Para casos leves, a orientação é que o atendimento seja ambulatorial. Em casos graves, a hospitalização deve ser imediata, para evitar complicações e diminuir as chances de morte.
Outras notificações
Além dos casos de leptospirose, até esta sexta, 12, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde contabilizou 1.070 acidentes com animais peçonhentos, 703 (65,7%) deles com aranhas, e 4.561 casos de atendimento antirrábico.
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