Publicado 17/07/2024 12:21
Goiás - Quatro homens foram presos e outros dois são procurados em uma operação da Polícia Civil de Goiás, deflagrada nesta terça-feira (16), para prender envolvidos em uma série de torturas e abusos sexuais. Os abusos aconteciam em uma clínica de reabilitação clandestina de Pontalina, no interior do estado.
PublicidadeDe acordo com a polícia, foram cumpridos mandados de prisão em Pontalina e nas cidades vizinhas de Caldas Novas, Abadia de Goiás e Acreúna, além de cinco mandados de busca e apreensão nos mesmos endereços.
Os crimes eram praticados pelos investigados, que eram "funcionários" da clínica. Os presos até o momento são Rafael Garcia Gouveia, Lucas Maquiera Paes Landim, Mateus Candido Nunes de Azevedo e André Luiz Alves Abbiati.
Os procurados são Thiago Altino Barbosa e Joaquim Camargo de Araújo. Este último teria, inclusive, dopado e estuprado alguns dos internados. Os seis somam as suspeitas de crimes de tortura, cárcere privado qualificado, estupro de vulnerável e furto qualificado.
O DIA conversou com a delegada Tereza Nabarro, que explicou como o crime funcionava. Ela esclareceu que a internação era paga pela família das vítimas, mas que era contra a vontade de todos ali entravam.
"Era uma internação feita através da família. Eles ficavam internados compulsoriamente, mesmo contra a sua vontade. Justamente por isso os suspeitos estão respondendo por cárcere", explicou.
"Os abusos foram vários. As pessoas eram torturadas, humilhadas e ameaçadas. Um dos suspeitos dopava as vítimas e cometia abusos sexuais. Alguns ficavam trancados por dias em uma espécie de 'sala de castigo', também há indícios de roubo a pertences dos internados e outras questões que estão sendo analisadas", destacou.
A investigação teve início com a prisão em flagrante do dono da clínica, Renato Pereira Borges, em 29 de março. Na ocasião, uma pessoa que estava internada conseguiu escapar e acionou a Polícia Militar, que foi ao local e prendeu o suspeito. A clínica parou de funcionar desde então.
Temendo a possibilidade de serem presos, os "funcionários" do local fugiram para diversas cidades do interior do estado, enquanto a Polícia Civil realizava investigações sobre o paradeiro dos criminosos.
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