Publicado 03/08/2024 09:41
Goiás - O influenciador digital Igor Viana, de 24 anos, suspeito de desviar doações feitas para filha com paralisia cerebral foi preso nesta sexta-feira (2). Segundo a Polícia Civil, ele estava acompanhado da mãe da criança, Ana Vitória Alves dos Santos, de 20 anos, em um apartamento alugado em Goiânia.
PublicidadeA defesa de Igor disse que ficou surpresa com a prisão e que ele colaborou com toda a investigação, já prestou esclarecimentos à autoridade policial e forneceu todos os documentos e objetos que foram solicitados.
De acordo com a delegada Aline Lopes, um mandado de prisão pelo crime de estelionato foi expedido na última quinta-feira (1º). À polícia, ele afirma que estava se sentindo ameaçado em Anápolis e por isso, estava em Goiânia.
"Ele estava atrapalhando as investigações e chegou a apresentar um celular antigo ao invés do atual que ele usava. Com isso, conseguimos a prisão preventiva dele", explica Aline.
Entenda o Caso
Igor e a mãe da criança são investigados pelos crimes de estelionato, desvio de proventos de pessoa deficiente, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos. Em junho, eles perderam temporariamente a guarda da filha de dois anos. A criança tem paralisia cerebral. A decisão foi do Conselho Tutelar de Anápolis, em Goiás, após denúncias de áudios em que Viana reclama e debocha da filha.
A principal fonte de renda do casal são doações feitas à filha, alvo de campanha nas redes sociais, diz a polícia. Ao verificar o caso, a corporação encontrou vídeos em que o suspeito estaria causando constrangimento à criança. Em um dos vídeos investigados, Igor chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado.
Na internet, Igor compartilhava a rotina da filha nas redes sociais. No entanto, em algumas das postagens ele também aparece debochando da criança.
Na internet, Igor compartilhava a rotina da filha nas redes sociais. No entanto, em algumas das postagens ele também aparece debochando da criança.
Em entrevista ao site G1, Viana se defendeu das acusações: "Minha filha não tem Pix, então, se eles (os doadores) foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidades a serem supridas. Também sou um ser humano", afirmou.
Á polícia, ele admitiu que fingia brigas para comover os seguidores. Segundo a delegada Aline Lopes, ele disse ainda que as ofensas que fazia contra filha nas redes sociais são ironias para conseguir engajamento.
"Ele confirma que havia um combinado entre ele e a mãe da menina para produzir um tipo de conteúdo simulando brigas e confusões na intenção de engajar seguidores", contou Aline.
"Ele confirma que havia um combinado entre ele e a mãe da menina para produzir um tipo de conteúdo simulando brigas e confusões na intenção de engajar seguidores", contou Aline.
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