Kim Jong-un, chefe de Estado da Coreia do NorteAFP
Publicado 15/08/2024 09:49 | Atualizado 15/08/2024 09:49
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, indicou o novo embaixador do país no Brasil e recebeu a concordância do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o país comunista mais fechado do mundo voltará a elevar o nível político de sua representação em Brasília.
Publicidade
O Ministério das Relações Exteriores informou na noite da quarta-feira, dia 14, que "concedeu agrément (um aval diplomático) ao senhor Song Se Il como embaixador extraordinário e plenipotenciário da República Popular Democrática da Coreia no Brasil".
De acordo com dados do Itamaraty, a Coreia do Norte tem apenas quatro diplomatas no País atualmente, sendo dois conselheiros e dois secretários - os últimos chegaram ao Brasil em 2016.
Não havia um embaixador designado, conforme os registros da pasta.
Regresso a Pyongyang
O embaixador Luís Felipe Silvério Fortuna chefia a missão do Brasil em Pyongyang, desde 2018. Dois anos depois, porém, ele acabou sendo forçado a se deslocar para Seul, na Coreia do Sul, após enfrentar dificuldades de voltar à Coreia do Norte.
O regime impôs uma série de restrições e cortou rotas aéreas em razão da pandemia da covid-19.
Fortuna segue como responsável pela embaixada em solo norte-coreano, embora ainda permaneça instalado em Seul.
Agora, há expectativa de que a indicação do embaixador de Kim Jong-un possa destravar seu retorno ao país, em reciprocidade.
O Estadão apurou que, em junho, a embaixada da Coreia do Norte em Brasília sinalizou ao Itamaraty que o governo concederia um novo visto diplomático ao embaixador Fortuna, o que permitiria seu ingresso no país, após quatro anos.
Leia mais