Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) participaram de debate na última quarta-feira (14)Reprodução / Internet
Publicado 15/08/2024 12:48
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) a mudar sua postura em relação ao candidato Pablo Marçal (PRTB), após o debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) na quarta-feira, 14. Segundo Lula, o psolista não pode "dar importância" ao ex-coach.
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"O trabalho que o Boulos tem que fazer é não dar importância para o cidadão daquele tipo. Não tem nem que fazer pergunta pra ele, nem responder pergunta. Deixa ele falar o que ele quiser", comentou Lula, em entrevista à Rádio T, do Paraná, nesta quinta-feira, 15.
No debate de ontem, os candidatos se envolveram em uma discussão que resultou em um tapa do psolista em uma carteira de trabalho usada pelo ex-coach para provocar o adversário político. O incidente ocorreu após o embate entre os dois no terceiro bloco do programa, quando os dois já haviam retornado aos seus lugares Uma integrante da organização precisou intervir, já que Boulos precisava ir ao centro do palco para responder a outra pergunta
A discussão entre os candidatos, no entanto, começou antes, enquanto falavam sobre o desenvolvimento econômico da cidade de São Paulo. Nesse momento, Boulos comparou a candidatura de Marçal à de Padre Kelmon nas eleições de 2022. "Veio para tumultuar", disse o psolista. Em resposta, o ex-coach retirou uma réplica de uma carteira de trabalho de um dos bolsos do paletó e, de forma irônica, afirmou que ia "exorcizar o demônio com uma carteira de trabalho".
Na avaliação de Lula, "os debates estão ficando deteriorados porque deteriorados estão os candidatos". "Estou dizendo que chegamos à era do fim do argumento. As pessoas não dão mais importância para o argumento, mas para as bobagens que se fala "
"Esses caras não têm dois minutos de argumento para discutir um problema social, não têm três minutos para discutir nenhum problema econômico", completou o chefe do Executivo federal.
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